Emanuel Pereira*
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A estudante de Ciências, Nayara Paes Landim, vivenciou a maternidade pela segunda vez recentemente. A pequena Antonella, de apenas dois meses, divide o espaço no coração da mãe com Madalena, sua irmãzinha de quatro patas.
A jovem de 28 anos sempre tratou a cadelinha como um membro da família e, ao perceber que outras mulheres têm o mesmo hábito, criou um grupo para mães pets, onde compartilham a rotina e o cuidado com os bichinhos de estimação.
O grupo existe há um ano e possui 128 colaboradoras. Nayara relata que todas elas já sofreram discriminação por tratar os pets como filhos e reforça o intuito de oferecer apoio a estas mães.
“Tudo começou ao perceber a tristeza de outras mulheres por não serem reconhecidas como mãe por não terem gerado um filho humano ou até mesmo adotado um humano. As pessoas criticam muito as mães e dizer que não existe mãe pet”, disse.
TUTORA X MÃE PET
A estudante explica que nem todas as mulheres são mães pet apenas por criar um animal de estimação.
Há algumas diferenças entre ser mãe de um pet e ser tutora de um pet.
“Como mãe de pet, não tratamos apenas o animal como um peludo em casa, nem impomos a função de segurança ou vigia, como acontece com muitos cães. Eles são tratados como mais um membro da família, sendo ele filho, neto de nossa mãe, e tento filhos humanos também sendo irmão dos filhos humanos”, afirmou.
REDE DE APOIO
As mães pets criaram uma rede de apoio no grupo, pelo qual tiram dúvidas sobre cuidados, alimentação e outros fatores que favorecem o bem-estar dos bichinhos. Além disso, as colaboradoras oferecem suporte emocional quando uma delas é criticada pela atenção especial a eles.
Com a proximidade do dia das mães, as mulheres se organizam para realizar um encontro e celebrar o segundo domingo de maio.
“Sempre nos reunimos em datas comemorativas. Em maio de 2022, fizemos um amigo mãe de pet, muito parecido com um amigo oculto. Neste ano teremos uma festa para comemorar o dia das mães e também o aniversário de 1 ano do grupo”, pontuou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto
