Seis motocicletas foram roubadas em único dia na cidade de Floriano (PI). O número assustou os moradores, que temem o crescimento da criminalidade na cidade.
Vítimas relatam que a audácia dos criminosos é evidente, que já não se importam se a rua está movimentada, se é manhã ou se há alguém por perto.
O neto do aposentado Eldinei Melo foi roubado do dia 25 de abril às 14h40. “Com pessoal sentado na porta tiveram coragem de fazer isso”.
“Na hora que ele viu, o rapaz já apontava a arma e ele não teve o que fazer”, disse o avô. Além da moto, levaram todos os pertences da vítima.
No mesmo dia, outras cinco vítimas também reportaram roubo de moto na cidade. Uma delas foi Maria Aparecida, abordada por dois assaltantes quando saía da academia, por volta das 19h20.
“Minha casa é bem próxima da academia, mas não venho a pé justamente pelo medo. Tem alguns pontos bem escuros na rua por de onde venho, tem uma escola abandonada que o mato tomou de conta, então é muito perigoso. […] A sensação de insegurança só piora. Se de pé já tinha medo, vinha de moto para evitar alguma coisa e ainda aconteceu o que aconteceu”, reclamou a vítima.
ABORDAGEM
As características dos assaltantes apontam para criminosos que já possuem passagens pelo sistema criminal.
“A Polícia Militar tem um trabalho, fazer com que eles retornem para o sistema penitenciário. Na semana passada realizamos a prisão de praticantes de assaltos e furtos no Centro (da cidade)”, informou o tenente-coronel Inaldo Barros, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar de Floriano.
Abordagens registradas em câmera de segurança mostram que a ação dos criminosos é semelhante. Andam em duplas, armados e bloqueiam a passagem das motos com o próprio corpo.
DADOS REGIONAIS
Dados da Secretaria Estadual de Segurança do Piauí apontam que, de janeiro a fevereiro deste ano, foram registrados 787 casos de roubo de veículos no interior do estado.
Em Floriano, a Polícia Militar informa que realiza Blitzen e reforça o policiamento ostensivo em resposta à criminalidade.
“Nosso planejamento, em especial em alguns bairros, como Tiberão, intensifica blitz a fim de pegar esses indivíduos. […] Evitem divulgar onde acontecem as blitzen porque o Estado tem uma despesa para fazer esse trabalho e termina desarticulado em razão dessa informação”, completou o comandante Inaldo Barros.
