
Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
Enfrentar a pandemia da Covid-19 foi ainda mais difícil para a empreendedora Regiane Batista, que mora em Campo Alegre do Fidalgo (PI). Grávida do seu terceiro bebê, ela aguardava ansiosa pela chegada da sua primeira menina, em julho de 2021. Esse sonho foi interrompido durante o parto, quando a artesã perdeu sua filha e, assim, passou por uma das maiores dores que uma mãe pode sentir.
Diante de tanto sofrimento emocional, ela pensou em abandonar seu trabalho, até olhar para o lado e perceber outras duas crianças que merecem seu amor e cuidado. Em vez de desistir, Regiane se fortaleceu e expandiu seu negócio com um toque de afeto que somente a maternidade consegue proporcionar.
A empresária de 32 anos, também conhecida como Regi, é casada há 15 anos e trabalha no segmento de papelaria personalizada desde 2016. A experiente profissional acredita que ainda há muito para aprender sobre negócios e adota a maternidade como sua principal força motivadora.
“Considero que estou no alicerce da minha história no empreendedorismo. Ainda virão longos caminhos para eu trilhar e sei que a maternidade vai me ajudar neste processo”, disse.
Na sétima matéria especial da série “Mães de negócios“, o Portal ClubeNews conta a história da mamãe do Jhon, de 9 anos, do Jhonathas, de 5 anos, e da pequena Jhennyfer, que viajou rumo à eternidade para ensinar que, perante o sofrimento da perda, prevalece o anseio de lutar pelo bem-estar da família.
COMO TUDO COMEÇOU
Regi iniciou sua carreira no empreendedorismo ao preparar artes chalkboards (quadros negros decorativos) para o aniversário de 3 anos do seu primogênito. Então, ela percebeu que a venda de produtos artesanais poderia ser lucrativa e proporcionar aumento à renda da família.
Com o incentivo das amigas, a empreendedora aprimorou e expandiu seu trabalho ao produzir novos itens, como garrafas, cadernos, caixinhas e topos de bolo. Em 2017, ao dar à luz seu segundo filho, ela teve receio de não conseguir realizar seus afazeres, mas sua força de vontade superou o desânimo.
“Quando tive o Jhonathas, achava que não daria conta de trabalho, filhos e casa. Felizmente, sempre fui batalhadora e, graças a Deus, consegui organizar minha rotina. Não é fácil ser mãe e empreendedora, mas sempre temos que ir com garra atrás de nossos objetivos”, destacou.
TER FÉ
Regiane conta que a fé também contribuiu para a mãe superar a dor de perder a filha. Ela acredita que seu bebê, de alguma maneira, continua presente na vida da família.
“Deus é tão maravilhoso que me mostrou que eu não poderia parar, pois tinha duas crianças que precisavam de mim. Voltei após parto com muita força para lutar por eles e oferecer meu amor e proteção. Hoje, eu entendo que a minha estrelinha está lá no céu dando força para mim e aos irmãos”, frisou.
Ser mãe e superar tantas adversidades revelou toda a determinação de Regi. Há sete anos, ela se dedica ao lar, à família e aos negócios, com a certeza de que fez as escolhas certas para a sua vida.
“A maternidade me mostrou que nós, mães, podemos trabalhar e mostrar nosso lado empreendedor. Ser mãe empreendedora transformou minha vida e me fez acreditar que posso chegar onde quiser”, concluiu.
LEIA MAIS
Mães de negócios: consultora de moda deixa emprego e abre seu próprio ateliê em Teresina
Mães de negócios: confeiteira empreende para custear tratamento de filhos autistas
Mães de negócios: teresinense vira confeiteira com incentivo da filha adolescente
Mães de negócios: artesã cria enxoval da filha e inicia próprio negócio no Piauí
Mães de negócios: estudante empreende com crochê de amigurumis após maternidade
Mães de negócios: operadora de caixa decide empreender após parto prematuro
Mães de negócios: jovem investe em artesanato materno ao descobrir gestação
Mães de negócios: maternidade foi impulso para abrir empreendimento
Mães de negócios: maranhense vende dindin gourmet para sustentar filhos
Mães de negócios: pedagoga abre própria empresa para ficar próxima da filha autista
Mães de negócios: filhos inspiram costureira a produzir fraldas ecológicas
Mães de negócios: dona de casa cria próprio negócio após produzir laços para as filhas
Mães de negócios: enfermeira constrói família e empreende após perder o primeiro bebê
*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso