Emanuel Pereira*
emanuelpereira@tvclube.com.br
A jovem Silvana Brito é fascinada pela educação desde a infância. A garota sonhadora do interior de Piracuruca (PI) alcançou seu objetivo ao conquistar os diplomas de pedagoga e historiadora, mas, após a maternidade, a profissional de 27 anos decidiu trocar as salas de aula pela sala de casa, onde dá aulas de reforço para crianças e produz artesanato em resina.
A professora sentiu necessidade de montar seu próprio negócio em 2021, ao notar que ter um emprego com horários preestabelecidos limita seus momentos ao lado da família, principalmente da sua filha de apenas 4 anos.
Na oitava matéria especial da série “Mães de negócios“, o Portal ClubeNews conta a história da mamãe da Lorena Maria, uma criança autista que colocou a educadora na condição de aluna, pela qual ela aprendeu a empreender ao superar os desafios de uma maternidade atípica.
MÃE EMPREENDEDORA
Silvana é esposa do Wellington e deu à luz sua primeira filha em 2019. Ela percebeu que seria difícil conseguir emprego e, simultaneamente, ter tempo suficiente para cuidar de Lorena.
Então, a pedagoga encontrou no empreendedorismo uma forma de colaborar com as despesas da família ao trabalhar em horários flexíveis. Seu primeiro passo foi dar aulas de reforço para crianças em sua casa.
Em seguida, a mãe descobriu o artesanato de resina, pelo qual ela produz chaveiros, canetas e outros artefatos coloridos e personalizados. Apesar da rotina de mãe empreendedora ser cansativa, Silvana é grata pelos momentos em que pode estar próxima à Lorena.
“Trabalho como empreendedora desde 2021 com reforço escolar e, no final do ano passado, conheci o mundo do artesanato em resina. A rotina de uma mãe empreendedora é bem desafiadora e corrida, pois há muitas atribuições a uma só pessoa. Apesar de ter começado recentemente, estou me tornando uma pessoa melhor e mais forte a cada dificuldade”, disse.
MATERNIDADE ATÍPICA
Ser mãe de uma criança especial exige paciência e responsabilidade. Silvana relata que preenche parte do seu tempo acompanhando a filha à terapia, cerca de quatro vezes por semana.
Embora desgastante, ser uma “mãe atípica” tornou a pedagoga mais persistente.
“Hoje, sou uma mulher mais forte e completa. A maternidade me deu motivação para correr atrás dos meus sonhos. É surreal”, declarou.
Começar o próprio negócio para estar mais perto da filha especial revelou, à Silvana, que ser uma “mãe atípica” possui múltiplos significados. Diariamente, Lorena estimula a professora a se transformar em uma versão cada vez melhor de si mesma.
“Sou muitas pessoas em uma só: a mãe, a amiga, a conselheira, a que dá bronca e, logo em seguida, dá colo. É um misto de emoções e sentimentos”, finalizou.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso
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