28 de julho de 2025

Economista fala sobre endividamento e consumismo como “cultura” nacional

Thálef Santos

Publicado em 14/05/2023 19:00

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Cédulas de dinheiro. (Foto: Jonas Carvalho/ Portal ClubeNews)

Thálef Santos*
thalefsantos@tvclube.com

Fechar as contas no fim do mês nem sempre é uma tarefa fácil. Quando falta algum dinheiro para quitar as dívidas, logo as contas se acumulam e as despesas parecem não ter fim. Mas há muitas formas de se livrar do peso na carteira e, para ficar atento ao excesso de gastos e diminuir os prejuízos, o economista Francisco Sousa apresenta algumas dicas.

Para o especialista, o endividamento é algo presente na vida do brasileiro e até “cultural”. “A questão da educação e planejamento financeiro. Boa parte da população brasileira não tem tal cultura de planejar, colocar na ponta do lápis. Às vezes o hábito dos pais quando criança colabora muito para essa cultura”, afirma.

CONSUMISMO

Francisco Sousa ressalta que ao tratar de finanças também deve ser considerado o âmbito psicológico. Conhecimentos desde a infância têm influência no comportamento financeiro de cada pessoa no futuro. O consumismo pode ser o grande vilão das suas contas.

“O impulso, desejo, vontade de consumir. Os próprios dados demonstram que muitas vezes você compra porque foi barato, na promoção, por impulso, sem realmente avaliar a sua capacidade financeira para pagar. O emocional fala mais alto que o emocional nessa hora”, destaca.

Economista, Francisco Sousa – Foto: Rede Clube

ALERTA

O sinal de alerta para o consumidor deve ser ligado de acordo com as condições pessoais. O economista conta que cada um tem sua renda e deve trabalhar ao lado dela. Com um custo de vida elevado, devem ter foco as despesas essenciais.

“Primeiro, qual é minha capacidade financeira? Quais são as minhas necessidades cotidianas? Todo dia você tem que tomar café, uma alimentação básica, então deve ter um recurso para custear isso, suas despesas essenciais e rotineiras que não dá para fugir. Água, energia, serviços e nutrientes necessários para o dia a dia”, explica.

Depois vem o vestuário, lazer, medicação e outras despesas relacionadas agora à qualidade de vida. O especialista conta ainda que seria ideal sobrar algo para imprevistos. “O ideal é sobrar 30%, 40%, 20%, vai depender do quanto a pessoa ganhe e seu custo de vida”, define.

Para a quitação de dívidas o especialista reforça a importância de realizar os cálculos com olhos para o futuro. “Ela tem que pensar no hoje e no amanhã. É preciso buscar alternativas, como empréstimo consignado com juros menor e consiga bolar a dívida para a frente negociando, colocar o pé na parede, como diz no popular, para diminuir esse custo de vida”.

*Sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso.

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