
Emanuel Pereira*
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Um ônibus da linha 710 (Redonda – Alto da Ressurreição; Via Barão/Rodoviária) foi assaltado nesta quinta-feira (18), por volta das 14h50, em frente à Rodoviária, na zona Sudeste de Teresina. Passageiros tiveram seus pertences levados por um suspeito vestido com camisa social azul e descrito como gordo, baixo e de cabelos curtos.
Segundo Antônio Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Piauí (Sintetro), outros dez assaltos foram registrados no transporte público da capital na última semana.
Cardoso relata que os principais alvos dos criminosos são os ônibus em circulação pela zona Leste da cidade, onde ocorreram sete ações criminosas. A região Sudeste registrou 3 ocorrências e uma aconteceu na zona Sul.
Quem depende do transporte público na capital sempre teve receio de ser alvo de arrastões e outros crimes. Mas a situação ficou ainda pior em 2023.
“Da semana passada até agora, tivemos conhecimento de 11 assaltos e isso nos preocupa, pois os crimes não ocorriam com uma frequência tão alta. Motoristas e cobradores nos relatam que esses bandidos são agressivos e ameaçam as pessoas. Mesmo com as câmeras nos veículos, nenhum deles foi identificado e preso”, disse.
O presidente também destaca que, durante a manhã, os assaltos ocorrem nas paradas de ônibus. Os arrastões no transporte público geralmente ocorrem à tarde e à noite, de maneira orquestrada.
“Eles atuam em conjunto. Enquanto um deles assalta os passageiros, o outro está esperando, de motocicleta, em algum ponto da cidade para empreender fuga”, pontuou.
Antônio reafirma que a expansão da criminalidade nos ônibus se tornou insustentável, sendo necessário tomar medidas urgentes para garantir maior segurança aos trabalhadores e passageiros. Ele cobrou providências da Polícia Militar e do Secretário de Segurança Pública, Chico Lucas.
“O projeto proposto pelo Chico Lucas, de acionar o botão do pânico pelo celular, pode inibir os crimes em transportes públicos, mas não há previsão para sua execução. Além disso, creio que a Polícia Militar poderia realizar blitze para fiscalizar os veículos”, concluiu.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto