Emanuel Pereira*
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A pandemia da Covid-19 fez a Cris Barbosa, de 30 anos, abandonar seu trabalho em uma associação de mulheres e trancar seu curso de História na Universidade Estadual do Piauí (UESPI), em Teresina.

Mãe de dois filhos, ela precisava gerar renda sem sair de casa e encontrou uma alternativa ao preparar biscoitos para o lanche das crianças. Com apenas uma forma assadeira e um fogão, a empresária transformou sua própria cozinha em um empreendimento lucrativo de sequilhos gourmet.

Cris reside na capital piauiense há dez anos, mas é natural de Altos (PI). Em feiras de empreendedorismo realizadas em Altos, encontrou as primeiras oportunidades para divulgar seu trabalho e, ao receber uma avaliação muito positiva dos consumidores, ela se sentiu ainda mais estimulada a investir no negócio.

“Fiz cursos na área de gestão, segurança alimentar e adquiri muitos conhecimentos para empreender. Também fiz adaptações na cozinha e comprei novos utensílios, pois a produção aumentou e eu tinha de passar a madrugada toda trabalhando”, relatou.

A empresária trabalha há dois anos neste setor e já consolidou seu negócio de sequilhos gourmet no mercado, de modo que a produção é direcionada especialmente para atender grandes demandas, como festas de aniversários e outros eventos. Por enquanto, a empresa funciona de forma digital, mas Cris sonha em inaugurar um espaço físico e atender pessoalmente cada consumidor.

É SOBRE AFETO

A pandemia não foi o único fator que motivou a empreendedora a trancar sua matrícula na Universidade. Cris já não imaginava um futuro em sala de aula.

Como passou por este momento difícil, seu propósito é levar, às pessoas, afeto em forma de sequilhos.

“Meu empreendimento tem a missão de proporcionar carinho aos clientes. Não é apenas sobre as vendas e o lucro, mas é sobre o afeto e valorizar nossas relações com os consumidores”, pontuou.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto