28 de julho de 2025

Irmã presa com cocaína era investigada por tráfico; pai foi morto com mais de 10 tiros há 3 meses

Luana Fontenele

Publicado em 30/05/2023 18:32

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Irmãs são presas com cocaína no corpo ao tentar embarcar para a França. (Foto: reprodução/ TV Clube)

Luana Fontenele*
Luanafontenele@tvclube.com.br

Ingrid da Silva Castro, 23 anos, uma das irmãs presas com cocaína no corpo ao tentar embarcar para Paris, na França, já era investigada pelo crime de tráfico de drogas, é o que a aponta a Polícia Civil do Piauí.

De acordo com o delegado Anchieta Nery, diretor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública no Piauí, as duas irmãs não possuem passagens pela polícia, mas Ingrid já era acompanhada pelas investigações por envolvimento na venda de entorpecentes.

“As duas são primárias e não respondem a processos criminais, mas a Polícia Civil já acompanhava a Ingrid pelo fato de ela vender drogas em Teresina. Chega a essas pessoas de baixa renda essa promessa fácil de um ganho financeiro por esse transporte internacional de drogas, mas, na verdade, essas pessoas vão encontrar dois grandes problemas: o processo penal e a prisão, e o maior que pode ser a morte por conta do rompimento dessas cápsulas.”, conta o delegado.

Irmãs Ingrid e Agatha com pai e tio que foram assassinados (Foto: Redes Sociais)

 

Além disso, a Polícia confirmou que o pai de Ingrid da Silva Castro e Agatha da Silva Castro, foi assassinado com mais de 10 disparos de arma de fogo no dia 10 de fevereiro de 2023, enquanto dormia em uma rede, na sua residência, no Parque do Sol, zona Sudeste de Teresina.

O homem foi identificado como Clemilton Pereira Castro, conhecido como Miltinho, de 41 anos. De acordo com a Polícia Militar, ele estava sozinho em casa, quando por volta das 22h, homens armados invadiram a residência e o mataram. O homem já tinha passagens pela polícia e estaria recebendo ameaças de morte na época do crime.

Prisão preventiva

O juiz federal substituto Alexey Süüsmann Pere, da 2ª Vara Federal de Guarulhos, converteu de flagrante para preventiva a prisão de Agatha e Ingrid. Na decisão, ele destacou que há indícios de envolvimento das indiciadas com organização criminosa, além do perigo de fuga.

“Para garantia da ordem pública, em razão dos indícios de envolvimento das indiciadas em organização criminosa, entre eles as certidões de movimentos migratórios que apontam outras viagens ao exterior, de curta duração, incompatíveis com a situação econômica declarada por elas, a indicar sua dedicação ao crime como mulas profissionais, sendo concreto o risco de que tornem a delinquir”, afirmou na decisão.

O juiz requisitou ainda às Justiças Federal e Estadual de São Paulo e de Teresina, bem como à Interpol, as informações sobre eventuais registros criminais em nome das suspeitas.

As irmãs permanecem internadas no Hospital Geral de Guarulhos após os procedimentos de retirada das cápsulas de cocaína de seus corpos, e por isso ainda não foram submetidas à audiência de custódia.

Diante disso, a decisão intimou o delegado-chefe da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos que comunique o juízo a respeito da alta médica das indiciadas.

O espaço segue aberto para a defesa de Ingrid da Silva Castro e Agatha da Silva Castro.

*Estagiária sob supervisão da jornalista Malu Barreto

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