Atualizada às 13h10
Um homem que fingia ser vendedor de cimento e outros materiais de construção de uma empresa na zona Norte de Teresina foi preso suspeito de aplicar golpes com a venda dos produtos pela internet. Os clientes compravam o cimento, mas não recebiam o produto. O preso foi identificado pelo nome de Paulo Victor.
A prisão pela venda de material de construção pelas redes sociais aconteceu, nesta manhã de terça-feira (30), em Teresina.
Equipes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) deram cumprimento ao mandado de prisão – expedido pelo Juiz da Central de Inquéritos – contra o suspeito identificado pelas iniciais P.V.J.R., que foi preso pelo crime de Estelionato, previsto no art. 171, caput do Código Penal Brasileiro. O cumprimento do mandado teve a participação da Gerência de Polícia Especializada.
“Esse nacional, Paulo Victor, ano passado teve notoriedade em relação ao golpe do pix. Esse ano, a gente passou a receber denúncias de lojistas e de vítimas informando que um perfil no Facebook estaria oferecendo saco de cimento a preços muito abaixo do mercado. A vítima fazia o pedido, era exigido o depósito, a transferência no pix, e ele se valendo da credibilidade da imagem de uma loja conseguiu obter esse benefício, e o pix era transferido para a conta dele”, disse o delegado Humberto Mácula.
O delegado acrescentou que, Paulo Victor, após receber o dinheiro na conta, efetuava uma ligação para a loja verdadeira e fazia o pedido que a vítima tinha feito a ele.
“O pedido (da loja verdadeira) era enviado para a casa da vítima. No momento em que o entregador chegava e exigia o comprovante do pix, era verificado que não tinha caído na conta da empresa, o material não era entregue e a vítima ficava no prejuízo. As vítimas eram de baixa renda que queriam construir e reformar a casa”.
PIZZA E REFRIGERANTE FALSOS
O suspeito, segundo a investigação, “já é conhecido pelo golpe que cometeu em Julho de 2022 pelo Pix Falso que praticou contra uma pizzaria e em um comércio de venda de comida típica do tipo ‘arrumadinho'”.
Em julho do ano passado, um restaurante do bairro Pedra Mole, entregou uma “pizza com recheio de borracha e refrigerante de suco com sal” ao cliente aplicador de golpes pelo falso PIX. O caso repercutiu na cidade e o golpista afirmou que “quem rouba para comer é perdoado por Deus”.
Na época, o cliente – o mesmo homem preso hoje suspeito de aplicar outro golpe – fez o pedido da pizza e realizou o pagamento, mas na quantia de um centavo. Depois, ele resolveu pedir o refrigerante e pagou um pouco mais, dez centavos. O valor real do pedido era R$ 54,90.
Ele utilizou os comprovantes verdadeiros para adulterar os valores e enviar uma nota falsa para a atendente do restaurante. O que ele não esperava era que o proprietário conferisse todos os pagamentos diretamente na conta bancária. Logo, o golpe foi descoberto.
No ano passado, o rapaz disse que tudo não passou de uma brincadeira e que iria processar a pizzaria.
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