Luana Fontenele*
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Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento exato em que um estudante de medicina e uma técnica de enfermagem salvam a vida de um cadela que foi vítima de envenenamento no estacionamento da Maternidade Dona Evangelina Rosa, zona Sul de Teresina, nessa terça-feira (31).
Pessoas que passavam próximo ao local ao verem o estado do animal, chamaram imediatamente os estagiários da Maternidade que usaram técnicas de salvamento para salvar a vida da cadela.
“Eu encontrei a cachorrinha convulsionando. Calcei as luvas e verifiquei a via aérea dela, imaginei que poderia estar engasgada, porém, depois que vi a faringe e traqueia livres, junto com as convulsões, imaginei que seria envenenamento. Eu acionei as pessoas que estavam ao redor e consegui administrar carvão ativado e logo depois soro glicosado para garantir que ela tenha energia e hidratação”, destacou o estudante de medicina Cláudio Bastos.
Confira:
De acordo com o advogado e secretário adjunto da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais (CPDA) da Ordem dos Advogados do Piauí (OAB-PI), Helldânio Barros, a cadela de nome “Pandora” é um animal comunitário do hospital, sendo cuidada por funcionários e estudantes.
“Na noite de terça-feira (30) foi relatado que a cachorrinha foi vista dentro das instalações hospitalares, ambiente mais sensível, configurando uma conduta inadequada, pressupõe-se que, por sofrer pressão psicológica, alguém, provavelmente funcionário do local, tentou desfazer-se do problema do jeito mais fácil e brutal, tentando assassinar a cadela.”, destaca o advogado.

Helldânio Barros ressalta ainda que não foi possível configurar flagrante, pois a cachorrinha evadiu-se do local. Porém, foi feito o boletim de ocorrência na Polícia Civil, para futuras diligências investigativas para responsabilização e para evitar futuras condutas similares.
A cadela foi resgatada e internada em uma clínica veterinária onde tomou medicações e vacinas. A enfermeira Patrícia Sousa, que é uma das candidatas a adotar o animal, destaca que a cachorrinha é muito querida e que em cada setor da maternidade ela possui um nome diferente.
“Já tem quatro pessoas que entraram em contato e desejam adotá-la, eu, uma médica e outro médico, e o motorista da MDER. Em cada setor ela é chamada por um nome “Lola, Pandora, Sofia, Aparecida”, esses são os nomes. Ela vinha sendo alimentada todos os dias, pela manhã, tarde e a noite.”, conta a enfermeira.
*Estagiária sob supervisão da jornalista Malu Barreto