https://www.youtube.com/watch?v=jnhIqEqytRg&ab_channel=PortalClubeNews
Malu Barreto
malubarreto@tvclube.com.br
A advogada criminalista Elida Fabrícia polemizou nas redes sociais após publicar no seu perfil, um vídeo falando sobre o Dia dos Namorados e relacionando a data ao crime passional.
Na publicação a advogada diz que adora crime passional: “Dia dos namorados chegando e isso me faz lembrar aquele gostinho extravagante da advogada criminalista. Pode falar isso? Mas eu adoro um crime passional. Adoro quando chega aquele processo quentinho, gostosinho, bem formado com crime passional”.
A criminalista completa o vídeo afirmando que Dia Dos Namorados combina com crime passional.- Não faz isso, mas se fizer, me liga!
Após a repercussão negativa, Elida Fabrícia, que também é é Conselheira Federal da OAB e presidente da Comissão de Defesa do Tribunal do Júri da OAB Nacional, apagou o vídeo de sua rede social e divulgou em seus stories que estava sendo censurada.
A equipe da TV Clube conversou com a criminalista que afirmou que não fez apologia ao crime e que vê esse tipo de reação como uma criminalização da área dela, a criminal. “Infelizmente, a Advocacia Criminal sempre é criminalizada, pois nos julgam sempre “defensores de bandido” e “defensores do crime”. As pessoas dão a interpretação que querem ao que vivenciam”, disse.
Élida afirmou ainda que a função dela é trabalhar tanto com defesa da vítima, quanto com acusação em casos de crimes passionais.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Piauí, informou que o vídeo veiculado nas redes sociais pela Conselheira Federal Élida Fabrícia, não corresponde com o pensamento da instituição.
“A instituição, através de todos os seus membros e membras, é reconhecida por trabalhar para combater as violências, especialmente a violência contra mulher infelizmente ainda tão frequente em nosso Estado.”
A OAB-PI enfatizou que Advogados e Advogadas trabalham em função da Justiça no respeito aos direitos e são importantes atores na prevenção de crimes de maior proporção e informou que a Corregedoria da OAB-PI e o Tribunal de Ética darão ciência ao Conselho Federal, a quem compete apurar o caso.
FEMINICÍDIO NO PIAUÍ
No ano passado, o Piauí registrou 24 feminicídios, três tiveram relatos de pedido de medida protetiva; em 12 casos, foi relatado pelas testemunhas que a vítima vivia situação de violência doméstica anterior ao feminicídio; duas dessas vítimas também já sofreram violência doméstica em relacionamentos anterior; quatro desses autores respondem por violência doméstica contra outras companheiras e um deles responde até por tentativa de feminicídio contra outra companheira.
Até abril de 2023, já foram 13 feminicídios, um aumento de 44% em relação ao ano passado.
