O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, deputado federal Júlio Arcoverde (Progressistas-PI), disse que os levantamentos iniciais do grupo parlamentar não apontaram a participação de empresas de apostas nos esquemas fraudulentos.
Segundo o deputado, a Comissão mantém os trabalhos alinhados às investigações da Operação Penalidade Máxima, deflagrada no estado do Goiás. Em entrevista à TV Clube, nesta segunda-feira (19), Arcoverde disse que as manipulações são feitas por meio de quadrilhas especializadas.
“Costumo dizer que não podemos ser covardes e omissos, punindo aqueles responsáveis, e não podemos ser covardes em fazer pré-julgamentos a qualquer empresa. Até o momento, não temos indícios de nenhuma participação de empresas. As atuações de manipulação são feitas por quadrilhas paralelas junto aos jogadores de futebol”, esclareceu.
A Comissão tem o objetivo de investigar a participação de jogadores e empresas na manipulação dos resultados de jogos do Campeonato Brasileiro de futebol, pelo período de 120 dias.
Ao término das investigações, a CPI vai elaborar um relatório contendo sugestões que serão enviadas ao Governo Federal para coibir as práticas ilícitas.
“Na minha opinião, essa CPI tem que ser fundada na punição, mas também propositiva. Paralelo à CPI, a gente tem que preparar um projeto de lei (PL) que possa fazer uma regulamentação dessas propostas junto com o Ministério da Fazenda. Nós vamos através de um PL tentar sugerir algumas recomendações”, finalizou.
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