Luana Fontenele e Eric Souza*
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Os corpos de Francivânio Araújo Silva e Francisco de Assis Lopes Filho, mortos a tiros em uma barraca na Praia de Atalaia, em Luís Correia nesse domingo (25), estão sendo velados na tarde dessa segunda-feira (26), no bairro Buenos Aires, zona Norte de Teresina.
De acordo com Daniele Lima, prima de Francisco de Assis, ele tinha 29 anos e trabalhava como pedreiro; o seu amigo, Francivânio Araújo Silva, 38 anos, era sapateiro, e nenhum dos dois tinha envolvimento com o mundo do crime.
“Eles não tiveram nada, nenhum motivo. Tenho certeza que eles devem ter sido confundidos. Só posso afirmar que os dois eram trabalhadores e nunca foram envolvidos com essas coisas. Foi uma covardia, pois eles não tiveram nem chance de se defender. Era para ter sido mais vítimas se o povo não tivesse conseguido se evadir”, afirma a mulher.
Daniele destacou que a excursão em que os dois amigos estavam acontecia todos os anos, na modalidade “bate e volta”, ou seja, eles saíram na noite do sábado (24) e retornariam no final da tarde do domingo. Ela conta que o crime aconteceu faltando poucos minutos para os turistas irem embora.
“Nós não temos nenhuma informação de quem são. A gente está buscando justiça. Eles nunca mexeram com ninguém. Eram pessoas boas”, concluiu a prima de Francisco.
O irmão de Francivânio, Flaviano Araújo, foi o responsável por reconhecer o corpo da vítima no Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba e trazê-lo para Teresina. Ele conta que o filho de Francivânio o acompanhou na excursão à Praia do Atalaia e havia saído para tomar banho no mar quando o pai foi assassinado.
“Ele [o filho de Francivânio] foi banhar e convidou o pai, que disse que iria dali a pouco. Quando o garoto voltou, já tinha acontecido [o homicídio]”, lamentou Flaviano.
O sepultamento dos dois amigos está previsto para o final da tarde dessa segunda-feira (26), no cemitério Santo Antônio, no bairro Buenos Aires.
*Estagiários sob supervisão da jornalista Malu Barreto
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