O dizer “cor de pele” que, muitas vezes, está gravado em produtos cosméticos, de vestuário ou materiais de colorir é, na verdade, uma ideia que deixa de lado a variedade de cores que o ser humano possui, o que desrespeita a condição de igualdade entre todos.

O professor Newton Neto traz algumas dicas para evitar a expressão. “Pele de quem? A minha? A sua? Nós temos o mesmo tom de pele? Provavelmente, não”, diz.

“Então, que história é essa de padronizar como cor de pele aquela cor de rosa? Como dizer rosa bebê como se bebê, necessariamente, tivesse apenas aquela cor? É claro que isso está errado”, afirma o professor.

Uma atitude muito simples, mas que requer atenção ao pensamento antes de expressar: troque maquiagem cor-de-pele por maquiagem cor-de-rosa. Mesmo que pareça algo irrelevante, as pessoas que se sentem ofendidas pela expressão vão agradecer seu esforço para agregá-las, segundo Newton.

“Imagine uma criança na escola que recebe o lápis de cor e na caixa está escrito cor de pele e a criança não tem a pele daquela cor. Imagine o constrangimento, essa situação de tanta dor, constrangimento, gratuito. É necessário que a gente leve muito a sério isso e pense sempre que a desigualdade e discriminação é algo que está no terreno da ética”, afirma o professor.

Newton explica ainda que ética vem do grego “ethos”, que significa “morada humana”. “Mora em você, a iniciativa, a atitude de praticar a ética. Não é fácil, mas é necessário”, finalizou.