O câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres no Brasil. A previsão deste ano é do surgimento de 73,6 mil novos casos em todo o país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), com média de 16 mil mortes.
Um das formas de realizar o diagnóstico precoce é através do exame de mamografia, entretanto, nem todos os estados estão abastecidos com os aparelhos.
No Piauí, a taxa de cobertura da mamografia, caiu de 27% antes, entre 2018 e 2019, para 16%, no período da pandemia, segundo levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).
O resultado é uma fila atual de quase 5 mil mulheres esperando o exame. Elas estão distribuídas pelas 224 cidades piauienses, aguardam uma regulação do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Estado conta com apenas 40 mamógrafos credenciados, sendo que um terço deles está na capital, Teresina. Isso dificulta, ainda mais o acesso, por conta do deslocamento de pacientes de cidades distantes, algumas a mais de 800 km.
A estimativa do INCA, por exemplo, é de 860 novos casos de câncer de mama esse ano no Piauí, uma taxa de 41,9 casos para cada grupo de 100 mil mulheres.
Caminhão da mamografia
Neste mês de julho, uma unidade móvel equipada com mamógrafos deve percorrer todos os 224 municípios piauienses e realizar mais de 125 mil exames até o final do ano. A iniciativa visa diminuir a fila de espera de mamografias e auxiliar do diagnóstico precoce de mulheres.
São seis caminhões que permitem o atendimento em diferentes regiões de saúde do estado. Cada veículo tem capacidade diária de realizar 80 mamografias, totalizando 480 exames diários.
A ação é promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Diretoria de Unidade de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria (Ducara).
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