26 de julho de 2025

‘Dor sem resposta’, diz mãe de mulher com suspeita de envenenamento

Eric Souza

Publicado em 10/07/2023 20:17

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Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano (Foto: João Victor/TV Clube)

O quadro de saúde de Francisca Maria de Carvalho, mãe da criança de cinco anos que morreu com suspeita de envenenamento, na última quarta-feira (5), voltou a apresentar piora.

Segundo a mãe de Francisca, Eronildes Carvalho, o estado da filha é “gravíssimo” e não evoluiu desde a visita feita no domingo (9), no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano (PI), onde a paciente está internada.

“Ela teve hemorragia na boca, febre de 41 ºC, batimentos cardíacos e saturação muito alterados. A polícia não diz nada, eu não sei de nada. Hoje começo a lamentar a dor sem resposta”, contou ao Portal ClubeNews.

Eronildes Carvalho, avó da criança morta com suspeita de envenenamento (Foto: TV Clube)

Na última quinta-feira (6), a irmã da paciente, Elzinete Santos, havia afirmado que Francisca estava “reagindo” à medicação, não tinha febre e a equipe médica começara a retirar a sedação.

Um boletim emitido no mesmo dia pelo Hospital Tibério Nunes indicava que a mãe da garota respirava com ajuda de aparelhos.

Entenda o caso

Agnes Carvalho de Moura, de 5 anos, morreu em Floriano após apresentar sinais de envenenamento. Ela e a mãe passaram mal após consumir um peixe no jantar.

Ao Portal ClubeNews, Elzinete contou que as duas (mãe e filha) começaram a se sentir mal em casa e foram socorridas por vizinhos.

Francisca Maria de Carvalho está internada em estado grave (Foto: Arquivo pessoal)

Elas deram entrada no hospital, por volta das 20h30 da segunda-feira (3), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), já com sinais de ingestão de substância tóxica.

Depois, foram encaminhadas ao Hospital Tibério Nunes, onde foi detectado o envenenamento por chumbinho e outra substância tóxica, ainda não identificada. Devido à quantidade no organismo, a criança não resistiu ao efeito das substância e faleceu.

Líquido suspeito encontrado

A delegada Emilly Kaynar, responsável pelo caso, contou à TV Clube que até o momento não há nenhum suspeito principal, mas que a Polícia Civil segue com as investigações.

Material coletado pela perícia criminal na residência das vítimas (Foto: Luiz Ferreira/TV Clube)

A menina e a mãe deram entrada no Hospital Tibério Nunes, na última segunda-feira (3) e, de acordo com a delegada, na casa das vítimas foi encontrado um copo com líquido transparente com pontinhos pretos embaixo.

“Esse material foi encaminhado para a perícia a fim de ser feito exame toxicológico e nós estamos aguardando a chegada do laudo. Também no Foram feitas diligências no sentido de ouvir pessoas próximas do relacionamento da vítima, ouvir os vizinhos da vítima e no momento não temos nenhum suspeito principal”, pontuou.

O perito criminal Charles Cunha contou que o corpo da menina não precisou ir para o Instituto de Medicina Legal de Teresina, mas que partes de alguns órgãos da criança estão sendo levados por ele, para a capital piauiense, para ser feito o levantamento no laboratório sobre a causa da morte.

Charles Cunha, perito criminal da Polícia Civil do Piauí (Foto: Luiz Ferreira/TV Clube)

“Antes vieram a Polícia Militar e outros policiais, que fizeram alguns levantamentos. A perícia criminal não tinha sido acionada para coletar vestígios, apenas hoje, então acabei de sair do da residência, onde fomos em todos os cômodos, recolhemos líquidos, recolhemos roupas, recolhemos restos de lixo, material que ela chegou a colocar para fora e estamos levando também vai para Teresina com a parte interna da criança, para ser feito essa comparação e a gente possa conseguir descobrir qual material foi colocado ou qual material foi que mãe e filha ingeriram”, explicou.

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