HIV/Aids: no Piauí, mais de 4 mil pacientes recebem tratamento multidisciplinar

Hospital Natan Portela oferece serviços médicos e farmacológicos, exames e suporte emocional

Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, em Teresina (Foto: Divulgação/Sesapi)

Mais de 4 mil pacientes que vivem com HIV/Aids são acompanhados e assistidos pelo Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella (IDTNP), no Centro de Teresina. Com uma equipe multidisciplinar especializada, o Instituto oferece serviços médicos e farmacológicos, exames laboratoriais e suporte emocional a essas pessoas.

Segundo a supervisora médica do ambulatório do IDTNP, Elna Amaral, cada uma realiza ao menos duas visitas por ano para monitorar sua saúde.

“Durante as consultas, elas têm acesso a medicações antirretrovirais, essenciais para controlar a progressão do vírus e garantir uma vida saudável. Além disso, realizamos exames para avaliar a carga viral e a função imunológica, o que permite um acompanhamento efetivo do tratamento”, explica.

Teste rápido de HIV feito a partir de coleta de sangue na ponta do dedo (Foto: Agência Brasil)

O IDTNP também realiza a entrega de fórmula para as crianças que não podem ser amamentadas pelas mães soropositivas, conforme recomendação do Ministério da Saúde.

“Mesmo as mães com carga viral indetectável podem ter uma pequena quantidade de vírus no leite materno. Um bebê amamentado várias vezes por dia durante, no mínimo, seis meses pode ser infectado. Entregamos a fórmula infantil durante um ano inteiro”, aponta Elna.

Casos, transmissão e tratamento

No ano passado, o Piauí registrou 533 casos de HIV/Aids em adultos, de acordo com a Coordenação de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).

Medicações antirretrovirais destinadas a pessoas com HIV (Foto: Agência Aids)

Os dados da Sesapi revelaram ainda que, entre 2018 e 2022, a faixa etária dos piauienses que mais apresentou novos casos da doença foi a de 20 a 34 anos, com 49% dos casos registrados.

“Aqueles que vivem com HIV/Aids e não estejam em tratamento podem transmitir o vírus por meio de relações sexuais desprotegidas, com a utilização de materiais perfurocortantes infectados ou, de forma menos comum, pelo contato de mucosas com secreções corporais contaminadas”, alerta a pasta.

O teste e o tratamento para a doença estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e são fundamentais para garantir a qualidade de vida de quem tem o vírus.

Todas as idades e orientações sexuais precisam estar atentos ao uso de métodos de prevenção contra o HIV, como o uso de preservativos internos e externos, além da profilaxia pré-exposição (PrEP) e, emergencialmente, a profilaxia pós-exposição (PEP).

Para o diretor clínico do hospital, o infectologista José Noronha, “o tratamento exige uma compreensão de outros fatores que atuam na vida do paciente”.

“Entendemos que o cuidado integral compreende desde o conhecimento do ambiente de moradia, capacidade de desenvolver o autocuidado do paciente e o seu suporte familiar até os procedimentos médicos invasivos que se tornem necessários frente a uma hospitalização”, explica Noronha.

O superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo, destaca a importância do acompanhamento criterioso do paciente. “Realizamos consultas regulares, onde além de oferecer as terapias antirretrovirais, é avaliada a sua carga viral e a resposta ao tratamento. Além disso, reconhecemos a importância do suporte emocional e psicológico, garantindo um acompanhamento integral e minucioso deste público”, afirma.

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