O Pole Dance experimenta uma notável mudança de percepção e aceitação ao longo dos anos na sociedade. Apesar dos estigmas sociais, muitas vezes ligados a uma dança sensual, ele, atualmente, é considerado uma expressão artística e atividade física, sendo, inclusive, um esporte reconhecido em todo mundo.
No Piauí, Jaqueline Ravena da Silva Cunha é uma das principais atletas que representam essa modalidade esportiva. Ela, que é estudante de Educação Física e campeã da Taça Brasil APS (Liga de Aéreos e Pole Sports), vai representar o Brasil em uma competição internacional de Pole Dance. O evento vai acontecer em outubro, na cidade de Tubarão, em Santa Catarina.
Ao Portal ClubeNews, Jaqueline contou que a paixão pelo esporte a fez montar o próprio estúdio há dois anos. Além de treinar, ela também dá aulas de Pole Fitness e Pole esportivo.
“O preconceito com o Pole já diminuiu muito. Hoje em dia, as pessoas tem muito acesso às informações. Então, elas já conseguem entender o que é o esporte do Pole Sensual. É muito nítido quando você vê foto ou vídeo das duas vertentes. Nas legendas nas redes sociais sempre tentamos explicar o tipo”, explicou.
Campeonatos profissionais
Com raízes na cultura circense, as competições de Pole Dance pelo mundo é fundamental para elevar essa atividade à condição do esporte. Os campeonatos profissionais destacam as habilidades, técnicas e a criatividade dos atletas, desmistificando concepções preconceituosas e demonstrando disciplina.
Recentemente Jaqueline participou, entre os dias 7 e 9 de julho, do campeonato Taça Brasil APS e ganhou a medalha de bronze. Com isso, ela se tornou a primeira e única atleta piauiense de Pole Sport a ser classificada para o Mundial APS League World.
Superação
Durante os treinamentos, a piauiense quebra as barreiras físicas e emocionais. Aos 19 anos, após dar à luz a sua primeira filha, a atleta descobriu um câncer. Jaqueline parou os treinamentos inicias no Pole Dance e passou por tratamento intensivo contra o câncer.
Quase dois anos depois do tratamento, a jovem, que acreditava estar curada do câncer, foi diagnosticada como recidivante. Ou seja, a doença retornou.
“Eu já estava com meu estúdio e treinando para um campeonato e, novamente, tive que interromper tudo. Nesse meio período, durante os treinamentos, eu escorreguei da barra e quebrei a clavícula. Então, parei completamente”, disse.
Jaqueline contou que somente quatro anos depois conseguiu se recuperar 100% e decidiu voltar a competir profissionalmente. Hoje, ela treina para representar não somente o Piauí, mas todo o Brasil no mundial de Pole Sport.
Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp e Entre na nossa comunidade.
Confira as últimas notícias: clique aqui!
∴ Compartilhar