Isaac Haron*
Na busca por um lar temporário para crianças e adolescentes, o programa Partilhando Cuidados está com inscrições abertas para cadastro de famílias. No momento, não há candidatos para acolher menores que precisam deixar momentaneamente o seu eixo familiar original.
O projeto faz parte do programa Família Acolhedora, da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), da Prefeitura de Teresina. As inscrições acontecem na sede do órgão, no Centro da capital.
Atualmente, a Semcaspi possui dois centros de acolhimento: a Casa Reencontro tem 26 crianças e a Casa Punaré tem sete adolescentes. Os centros acolhem conforme faixa etária.
As famílias que participam da iniciativa ficam responsáveis em cuidar, dar moradia e assistência durante o período de até um ano e meio ou o tempo necessário para o Estado decidir o destino do acolhido; seja a volta ao lar de origem ou ao início do processo de adoção.
“Essas crianças de alguma forma estão com o vínculo fragilizado. É importante passar por esse processo de voltar ao ambiente familiar, de ter um convívio. Uma coisa é você estar em uma instituição, outra é você passar a estar em uma família, com a vivência do dia a dia”, disse o secretário da Semcaspi, Allan Cavalcante.
CADASTRO
Patrícia de Souza, assistente social do Programa Partilhando Cuidados, elenca os critérios para cadastro no programa Família Acolhedora: residir em Teresina, ter maioridade de 21 anos, aceitação da família sobre a adoção temporária, disponibilidade de horário, não responder a processo judicial, não apresentar problemas psiquiátricos e não fazer uso de substância psicoativa
A Semcaspi pontua que o projeto não é o mesmo da adoção e que difere completamente, sendo algo já estabelecido como temporário.
Para se candidatar é necessário buscar a sede da Semcaspi, localizada no Centro de Teresina. Após a inscrição, os candidatos passam por uma entrevista psicossocial, visita domiciliar e, por fim, é realizado uma capacitação especializada.
O projeto Família Acolhedora auxilia os interessados em receber as crianças com um auxílio financeiro de ajuda de custos nos valores de R$ 500 (caso a criança não tenha deficiência) e R$ 750 (caso o menor apresente algum tipo de deficiência).
* Estagiário sob supervisão da jornalista Carlienne Carpaso