O nome do vírus da chikungunya vem do idioma makonde, falado na Tanzânia, e significa “aqueles que se curvam”, em referência à postura dos pacientes devido à dor nas articulações intensa causada pela doença.
De fato, o que mais chama atenção é que desde o início da infecção da chikungunya as dores são fortemente articulares. Além disso, depois da fase mais aguda, que dura entre três a 14 dias, as dores articulares podem voltar e persistir por meses.
A aposentada Francisca Torres, de 64 anos, explica que foi diagnosticada com o vírus da chikungunya há mais de três meses, mas os sintomas persistem, e incluem dores, inchaços e até dormência.
“Todo dia acordo sentindo uma dor diferente, nas minhas articulações. Nos pés, mãos, pescoço. Desde que peguei chikungunya minha mão fica inchada e dormente. Além da falta de coragem e mal-estar”, contou.
Francisca também comentou que seu marido, Geraldo Costa, foi o que mais sofreu com as sequelas. O idoso de 84 anos não consegue mais dobrar os joelhos e, em consequência disso, não pode mais fazer coisas do cotidiano, como subir um batente.
“Ele teve que se adaptar por conta da doença, aqui em casa o banheiro tem uma subida, e ele não consegue subir mais. Dirigir e até vestir as roupas se tornou uma tarefa difícil”, disse.
A reumatologista Joelma Norões explica que a artralgia, dor forte nas articulações, podem acontecer com todos os pacientes infectados, mas especialmente aqueles que já tem pré-disposição à condição de forma extrema.
“As dores são piores em pacientes que já tinham uma pré-disposição ou já tinham um desgaste na articulação, uma articulação não tão saudável, mas que sentia uma dor aqui e outra ali e conseguia fazer todas suas atividades, levantava bem e disposto. Com a chikungunya esse problema de processo inflamatório nas articulações que seguram mais impacto no corpo, e a pessoa fica mais sintomática”, explica.
Em casos raros, a chikungunya pode evoluir para uma forma grave, que pode causar danos neurológicos, insuficiência renal e até mesmo a morte.
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