Emanuel Pereira
emanuelpereira@tvclube.com.br
O reggae surgiu na década de 1960 e sempre é associado ao cantor jamaicano Bob Marley, maior difusor do gênero musical. Difundindo mensagens de fé, amor e esperança pelas cores vermelho, verde e amarelo, o ritmo conquistou o teresinense Kamyllo Nascimento, que manifesta sua paixão por meio da música e do artesanato.
Seus talentos artísticos se manifestaram há mais de duas décadas, quando ele começou a produzir joias artesanais e a escrever poesias. Durante sua adolescência, ele até tentou realizar um projeto musical, mas não teve êxito.
A tentativa frustrada não desmotivou Kamyllo a lutar seguir carreira artística. Ele continuou escrevendo poesias e canções até sua vocação ser notada.
Aos 33 anos, ele faz parte da banda de reggae Jah Une, além de continuar trabalhando com produção de acessórios.
Na quinta matéria especial em honra ao Dia do Artista, o músico e artesão Kamyllo Nascimento está “No Palco da Vida”, para contar um pouco da sua trajetória como difusor do referido gênero musical.
CARREIRA NA MÚSICA
A poesia foi a maior precursora da carreira musical do instrumentista. Quando era adolescente, ele fez parte de um movimento cultural que distribuía poesias em folhetins por Teresina. Com isso, ele se inspirou a compor canções de reggae.
Aos 16 anos, Kamyllo despertou seu desejo de criar uma banda. Apesar da primeira experiência não ter dado certo, o profissional persistiu até ver o seu sonho se concretizar.
Cinco anos mais tarde, outro projeto musical começou a tomar forma. Desta vez, ele conquistou reconhecimento como artista na capital piauiense, além de ter tocado em vários eventos de reggae.
Com o Projeto “Espírito Livre”, Kamyllo dividiu o palco até mesmo com cantores jamaicanos, como Kevin Isaacs e Tristan Palmer.
“Esta iniciativa permanece até hoje, pela qual enviamos mensagens sobre conscientização, natureza e a ideia rastafári. Já tocamos no litoral piauiense e também em Jericoacoara, com cantores renomados do reggae music brasileiro e também da Jamaica. Durante mais de 10 anos de trabalho, nós colhemos bons frutos do nosso esforço”, disse.
O “Espírito Livre” deu origem à Banda Jah Une, da qual o músico faz parte.
CARREIRA NO ARTESANATO
A criação de joias artesanais faz parte da jornada de Kamyllo há 21 anos. Este trabalho artesanal permanece como sua principal fonte de renda, o que revela o quanto ainda é preciso investir e valorizar os músicos locais.
Adepto do misticismo, o artesão produz amuletos com labradoritas, também conhecidas como pedras da magia. Kamyllo utiliza o macramê para criar pulseiras, gargantilhas e colares de diferentes modelos, com foco no vermelho, amarelo e verde, as cores do reggae.
Segundo o artesão, a pandemia da Covid-19 impulsionou as vendas online e suas joias artesanais chegaram a outros estados, como Bahia, Ceará, Espírito Santo e Minas Gerais.
“Eu aperfeiçoei minha técnica de produção e, agora, produzo os acessórios de vários modelos. A pandemia garantiu rotatividade aos meus produtos tanto no Piauí como em todo o país. Por meio desses amuletos, crio conexões astrais com muitas pessoas”, afirmou.
SER ARTISTA
Embora considere um problema a falta de espaços públicos para a apresentação de músicos locais em Teresina, Kamyllo sente grande satisfação por ter escolhido seguir a carreira artística.
Ele acredita que, para ser artista, é necessário gostar de aprender novas habilidades.
“Independentemente da categoria, o ser artístico sempre busca evoluir e transmitir emoções ao público por meio da arte. Ser artista não é apenas um trabalho, é diversão. Quem é artista se diverte e faz tudo com grande amor e alegria”, concluiu.
Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto
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