
Mesmo com os novos meios de comunicação que facilitam a compreensão e entendimento de diferentes nomenclaturas, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a forma correta ao se dirigir a pessoas com perda auditiva.
Uma das maiores dúvidas está entre os termos deficiente auditivo e surdo. Do ponto de vista clínico, o que difere surdez de deficiência auditiva é a profundidade da perda auditiva.
As pessoas com perda profunda, e não escutam nada, são surdas. Já as que sofreram uma perda leve ou moderada, com parte da audição, são consideradas deficientes auditivas.
Mas, atualmente, as pessoas que apresentam a perda auditiva entendem que a existência desses níveis de surdez não se veiculam diretamente a essas terminologias.
Diante disso, os termos deficiente auditivo e surdo estão corretos, mas tem pesos sociais diferentes. É o que explica o professor do curso de Libras, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Jonathan Sousa de Oliveira.
“A comunidade surda que é usuária da Lingua de Sinais, que usam a Libras, que se identificam como surdos, eles não gostam de ser chamados de deficientes auditivos, pois é um termo muito específico de médico, algo clínico. Então, ser chamado de deficiente auditivo, ser automaticamente chamado de doente, quem precisa de tratamento e cura”, disse.
Desta forma, levar em conta só a perspectiva clínica não é suficiente, já que a diferença na nomenclatura também tem um componente cultural importante: a Língua Brasileira de Sinais. Vale ressaltar ainda que o termo surdo-mudo é uma expressão ultrapassada e capacitista, e não deve ser usada.
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