Lucy Brandão
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Com a alta no preço dos combustíveis anunciada na semana passada pela Petrobras, o piauiense está gastando até R$ 42,72 a mais para encher o tanque. Foi o que constatou o engenheiro Daniel Santos, que abasteceu há uma semana, no dia 14 de agosto, por R$ 5,29 e, nesta segunda-feira (21), pagou R$ 6,18 pelo litro de gasolina.
A conta foi feita em um tanque com 48 litros de combustível. Para o consumidor, a diferença pesa no bolso no final do mês.
“Na minha casa rodamos muito e gasto cerca de um tanque de combustível por semana. Só aí são mais de R$ 40 de diferença por tanque, desde a última vez que abasteci na semana passada”, conta o engenheiro que, ao final do mês, vai precisar desembolsar R$ 170,88 a mais.
Segundo o levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina comum ficou em R$ 5,58 na semana de 13 a 19 de agosto de 2023. O preço máximo chegou a R$ 6,18 e o mínimo a R$ 5,35. Ao todo foram 47 postos pesquisados no Piauí.
Em Teresina, o mesmo levantamento da ANP mostra o preço médio da gasolina comum a R$ 5,54, enquanto o valor mínimo ficou em R$ 5,39 e o máximo em R$ 5,97.
Reajuste para as distribuidoras
A Petrobras anunciou, na última terça-feira (15), o primeiro reajuste de 2023 para os preços da gasolina e do diesel. A gasolina A – produzida pelas refinarias de petróleo e entregue diretamente às distribuidoras – foi reajustada em R$ 0,41 por litro e passou a ser vendida às distribuidoras por R$ 2,93.
O aumento foi de cerca de 16%. Apesar desse reajuste, no ano o preço da gasolina vendida às distribuidoras acumula redução de R$ 0,15 por litro.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba”, disse o comunicado da empresa.
Nova política de preços
A Petrobras esclareceu que a nova política de preços da empresa “incorpora parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação”.
Segundo a empresa, “em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes”.
A companhia ressaltou que, “no entanto, a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”.
Na avaliação da companhia, a nova política de preços evita repassar aos consumidores a volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao mesmo tempo em que preserva um “ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”.
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Fonte: com informações da Agência Brasil