A geração Baby Boomer, composta por pessoas acima dos 59 anos, tem reduzido a presença em agências bancárias e acelerado a transição aos serviços digitais. Segundo uma pesquisa da Serasa, apenas 25% desse público mantêm o costume de ir até uma agência para movimentar sua conta, enquanto 80% utiliza aplicativos de celular.

A partir de levantamentos que descrevem a relação dos brasileiros com o dinheiro, a Serasa também constatou que o hábito de sacar dinheiro caiu em desuso entre todas as gerações (X, Y, Z e Baby Boomers), sendo menor entre a Z (18 a 28 anos) e Y (29 a 41 anos).

Quanto ao meio de pagamento, o Pix, lançado há menos de três anos, consolidou-se como o mais utilizado entre as diferentes faixas etárias de consumidores.

O cartão de crédito vem em segundo lugar no uso diário das gerações X, Y e Z; para os Baby Boomers, o cartão de débito se sobressai.

“Outra informação que surpreende […] é que os tradicionais cadernos foram citados como o meio mais comum para registrar os gastos. Apenas 15% e 21% das gerações mais jovens [Y e Z, respectivamente] utilizam aplicativos de finanças. Esses consumidores alegam não se sentirem seguros, não conhecerem a opção ou não saberem mexer”, aponta a Serasa.

As redes sociais são a fonte de aprendizado e de consulta referentes à educação financeira mais utilizada pelas gerações X, Y e Z. Por outro lado, o comportamento dos Baby Boomers é completamente diferente: sites e aplicativos de bancos, além de amigos e familiares, são mais recorrentes.

“Os temas mais consumidos sobre finanças pelos jovens nos últimos 12 meses são ‘investimento’, ‘renda extra’ e ‘educação financeira’. Para os mais velhos, os assuntos frequentes são ‘cenário econômico’ e ‘dívidas’. Interessante observar que ‘segurança de dados’ é buscado por estes, mas não aparece na lista daqueles”, acrescenta.

O levantamento realizado pela Serasa contou com a consultoria técnica do Instituto Opinion Box e ouviu 4.486 pessoas no período de 4 a 20 de julho.