
A irmã da cantora Aline Conrado, baleada por policiais militares de Timon (MA) durante uma abordagem policiais em Teresina (PI), continua internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Aline Conrado conversou com a equipe do Portal ClubeNews e atualizou o estado de saúde de sua irmã, uma criança de 12 anos. A cantora contou que a irmã está estável, bem e “a cada dia melhorando”. Até o momento não há previsão de alta hospitalar.
A criança estava com os pais quando foi baleada na última segunda-feira (28). O projétil atingiu três áreas do intestino grosso e ocasionou a perda de parte do órgão. A adolescente passou por cirurgia e está internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Nesta quarta-feira (30), a Polícia Militar do Maranhão informou ter instaurado inquérito para apurar a conduta dos agentes, afastados do serviço operacional imediatamente após o ocorrido.
“Reafirmamos o compromisso da instituição em proteger o cidadão e que, sendo comprovado excessos dos policiais, os envolvidos estarão sujeitos às penalidades previstas em lei”, diz trecho da nota. Leia a íntegra ao final da matéria.
Entenda o caso
A irmã da cantora Aline Conrado foi baleada, na região do abdômen, quando estava no carro da família, no último sábado (26), na zona Sudeste de Teresina.
Os disparos partiram de um grupo de policiais à paisana da PM-MA, que buscavam pelos suspeitos de matar o sargento Carvalho Júnior, assassinado na avenida Barão de Gurgueia, na zona Sul da capital, na última sexta-feira (25).
A família saiu de Timon, onde Aline realizou um show, e retornava para Teresina. Ela e os parentes estavam em carros diferentes, pois a cantora iria participar de outro evento. Aline contou que chegou a ver o carro com os policiais passar por ela.
De acordo com os familiares da adolescente, a perícia da Polícia Civil contabilizou dez marcas de tiros no veículo. A mãe Raimunda Conrado disse que a filha, que estava no banco de trás, percebeu a presença de um carro descaracterizado, onde estavam os agentes, e gritou para os pais.
“Quando fecho meus olhos, é como se eu vivesse tudo de novo. Só escuto o grito de minha filha dizendo que ia morrer, que tinha pegado um tiro”, lembrou à TV Clube.
Confira a íntegra da nota da PM-MA:
Acerca dos fatos envolvendo policiais do 11° Batalhão de Timon, a Polícia Militar do Maranhão informa que, imediatamente após tomar ciência, instaurou inquérito policial militar para apuração da conduta dos policiais e o afastamento de ambos do serviço operacional. Conforme determinação do Comando Geral da Polícia Militar, as investigações serão conduzidas pelo Comando de Policiamento do Interior (CPAI).
A Polícia Militar do Maranhão reafirma o compromisso da instituição em proteger o cidadão e que, sendo comprovado excessos dos policiais, os envolvidos estarão sujeitos às penalidades previstas em lei. Por fim, a PM reitera que não coaduna com condutas que desabonem o decoro, nem legitima ações que ferem os princípios profissionais e éticos que orientam as atividades da corporação.
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