Setembro Verde: saiba como se tornar um doador de órgãos

Coordenadora da Central de Transplantes do Piauí elenca critérios para doações

Campanha Setembro Verde (Foto: André Feitosa/FAB)

Eric Souza*
ericsouza@tvclube.com.br

A campanha Setembro Verde, cuja data principal é comemorada no dia 27 deste mês, visa conscientizar a população a respeito da importância da doação de órgãos. No Piauí, até agosto deste ano, 25 captações de múltiplos órgãos foram realizadas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).

Para tornar-se um doador, basta comunicar a decisão à família, uma vez que a legislação brasileira exige o consentimento familiar. Há transplantes que podem ser feitos ainda em vida, como um dos rins, parte do fígado, parte do pulmão ou parte da medula óssea.

Já outros, porém, apenas são possíveis após a morte encefálica – coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões – ou parada cardiorrespiratória – córnea, vasos, pele, ossos e tendões.

“Nestes casos, os médicos intensivistas confirmam o óbito à família e questionam sobre a possibilidade de doação. Uma equipe de cirurgiões retira os órgãos e os disponibiliza à Central Estadual de Transplantes”, explica a coordenadora da Central, Lourdes Veras, ao Portal ClubeNews.

Lourdes Veras, coordenadora da Central de Transplantes (Foto: Eric Souza/Portal ClubeNews)

O Hospital Getúlio Vargas (HGV), o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e o Hospital da Unimed, no Centro e nas zonas Sul e Norte da capital, respectivamente, são os únicos do estado que realizam transplantes.

“Quando uma pessoa decide doar órgãos, seus dados são cadastrados no Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde. O próprio programa, a partir das informações, seleciona os receptores que estão na lista de espera”, aponta Lourdes.

Transplante de órgãos (Foto: Divulgação/HGV)

Atualmente, as listas de potenciais receptores de córnea e rim na rede estadual de saúde contam com 393 e 473 pessoas. Vale lembrar os cuidados pós-operatórios para ambos os casos: utilizar os medicamentos imunossupressores, não carregar peso ou empregar esforços desnecessários, consultar-se com médicos e fazer exames regularmente.

“A cirurgia em si não é o problema. A partir do momento em que as drogas imunossupressoras agem no corpo do paciente, este precisa de vigilância e atendimento 24 horas por dia, além de diagnósticos clínicos”, conclui a coordenadora.

LEIA MAIS:

Quase 500 piauienses esperam por transplante de rim, diz Sesapi

Apresentador Fausto Silva passa por transplante de coração em SP

Schynaider Moura revela que filha realizou transplante de coração

HGV faz duas captações de órgãos e oito transplantes em uma semana

Fila para transplante de córnea no Brasil quase dobra em cinco anos

*Estagiário sob supervisão da jornalista Malu Barreto

📲 Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp e Entre na nossa comunidade.
Confira as últimas notícias: clique aqui! 



∴ Compartilhar