Se colocar no lugar da outra pessoa é uma das formas mais essenciais de ajudar o próximo e estreitar relacionamentos com aqueles que passam por um momento difícil, seja na vida pessoal ou no trabalho, por exemplo.
No Setembro Amarelo, o debate sobre o combate à automutilação e o suicídio traz a discussão sobre a empatia e as formas de escutar quem precisa de ajuda. Você já ouviu falar sobre escuta empática?
O psicólogo Carlos Aragão comenta que “empatia é aquela competência que precisamos treinar todos os dias, praticar nos colocar o máximo possível no lugar do outro”.
“Essa é a primeira base para montarmos uma relação de ajuda prospera, uma relação de ajuda e diálogo. Já que só se prospera se tiver a capacidade de escutar genuinamente, não de ouvir, mas escutar”, diz.
O psicólogo explica que para existir essa conversa, primeiro deve-se escolher um local minimamente adequado. Não necessariamente um consultório, mas um ambiente privado. Além de tempo e demonstrar atenção completa à pessoa, como se desligar do telefone por um momento.
“A atenção é muito importante porque se eu dispersar, eu não vou conseguir me conectar com fonte da dor, com as emoções dessa pessoa. Dessa forma, é provável que ela não fale daquilo que é importante. No Setembro Amarelo, estamos voltados à prevenção do suicídio; então, é importante nós estarmos atentos aos sinais do outro. Sinais verbais e não verbais”, disse.
Julgamento
A depressão é uma doença mental tratável, caracterizada por longos períodos de humor baixo ou deprimido, que podem ocorrer em qualquer estágio da vida. Apesar disso, o julgamento de terceiros ainda recai sobre as pessoas que sofrem desse problema e podem até piorar o estado clínico desse paciente.
“A postura de não julgar o outro é importante na hora de ouvir alguém e, na hora de se colocar nessa situação de acolhimento, é fundamental. Essa escuta empática requer que nós não sejamos dogmáticos, ou seja, não adianta você chegar com frases prontas e de efeito, porque isso afasta a pessoa. Na escuta despretensiosa, se você se ofereceu para ajudar, você precisa estar disposto e disponível”, explica.
CVV
Se você precisa de ajuda, mas não tem com quem desabafar, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma instituição que desempenha papel crucial no combate ao suicídio, oferecendo ajuda voluntária e gratuita para todas as pessoas que desejam e precisam de alguém para conversar.
O CVV, por meio de voluntários, realiza o trabalho de suporte emocional. O número 188 está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, por telefone, e-mail e chat. Uma chamada por salvar vidas.
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