Transtorno de compulsão por compras: entenda como identificar e evitar

Os principais alvos da doença são aquelas pessoas que veem a atividade de comprar como um refúgio dos problemas.

Compras compulsivas – Foto: Freepik

Fazer compras pode ser uma atividade prazerosa, mas é fundamental ter cuidado para não cair na armadilha da compulsão. Como o caso da produtora Carla Nascimento, que percebeu o início de um vício por compras e decidiu tomar uma atitude responsável que ajuda a saúde mental e o bolso.

“Sempre que via uma roupa em uma loja queria comprar, devido aos estresses do trabalho descontava na compra e falei ‘não, eu não estou precisando disso, consigo passar um mês sem comprar’, dentro desse mês vi que não precisava estar comprando e gastando o dinheiro sempre com roupa”, contou a jornalista ao Portal ClubeNews.

Os principais alvos da doença são aquelas pessoas que veem a atividade de comprar como um refúgio dos problemas. Sobre isso, o médico psiquiatra, Vicente Gomes, explica que a compulsão por compras, em seu estágio mais grave, pode ser semelhante ao uso de drogas.

“Quando fica fora do controle, a pessoa compra sem precisar daquele produto e sente aquele prazer e bem-estar, mas depois bate aquele arrependimento. É semelhante ao uso de uma droga, a pessoa tem aquele ápice na hora da compra e depois aquela ‘ressaca’ no momento seguinte”, disse o médico.

Dr. Vicente Gomes – Foto: Carlienne Carpaso/ Portal ClubeNews

Laudo Psiquiátrico

Existe uma doença que é própria por essa compulsão por compra e se chama ‘oniomanía’, que é o comprar compulsivo. A condição pode aparecer em diversas situações, como a ansiedade e a própria bipolaridade.

“Nesses casos existe a necessidade da intervenção medicamentosa, para melhorar na produção de dopamina que tem a ver com o mecanismo de recompensa cerebral, e psicoterapia, mudanças no padrão de pensamento para que ela consiga lidar melhor com essas situações”, conta o médico psiquiátrico.

O que fazer?

Apesar dos sintomas, é importante que não realize o auto diagnóstico e analise os próprios comportamentos.

“O conselho que passo é manter as observações em dia, através do autoconhecimento, ver o que está acontecendo, como está a qualidade dos seus pensamentos e sentimentos e acaba compensando algo que está te deixando insatisfeito no seu dia a dia. E se ficar difícil esse autocontrole, procurar uma ajuda profissional”, completou o psiquiatra Vicente Gomes.


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