Você já imaginou salvar uma vida com um simples ato? o heroi anônimo Wellington Gomes foi capaz de salvar a vida da psicóloga Idelâne Marques, ao realizar a doação de medula óssea por meio de um cadastro no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi).
O ato de generosidade do orçamentista prova a capacidade da humanidade de superar desafios e oferecer segundas chances a pessoas que nem mesmo conhecemos.
Segundo Idelâne Marques, tudo começou quando ela notou diversas manchas roxas em seu corpo e decidiu realizar uma bateria de exames.
Na ocasião, ela foi diagnosticada com aplasia medular severa, que ocorre por meio da substituição do tecido medular normal por tecido gorduroso e, portanto, não há formação adequada das células sanguíneas normais.
“A minha medula parou de funcionar e a única da forma eu ter cura era por meio de um transplante de medula óssea. Saber disso foi devastador na minha vida e de toda a minha família”, conta a psicóloga.

E por coincidência, destino ou propósito, Wellington que começou a ser doador de sangue para ajudar um amigo, fez do gesto um hábito. Em uma das suas doações, o orçamentista foi questionado por uma assistente social, se ele não queria fazer parte do cadastro de doadores de medula.
“Algum tempo depois eu fui chamado para fazer os exames, pois eu fui compatível com uma pessoa. Eu não tive nenhum custo, foi tudo muito simples. Me internei em um dia, fiz a coleta, e no dia seguinte já tive alta”, afirma o doador.

Segundo as regras do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), até os primeiros 18 meses após a doação, doador e receptor precisam se manter em sigilo. Após o período, se quiserem, eles podem se conhecer. Como foi o caso de Idelâne e Wellington.
“Com dez meses (após o transplante) eu pude escrever uma carta para ele sem que eu soubesse a sua identidade. A assistente social repassou a carta, e ele me respondeu com alguns dias. Eu fiquei muito feliz pois ele disse que também queria me conhecer. E com um ano e seis meses, nós assinamos um termo e fiquei impactada ao saber que ele era do Piauí, pois o doador pode ser de qualquer lugar do Brasil”, afirma a psicóloga.

A partir da assinatura de um termo entre doador e receptor, os dois puderam finalmente se conhecer e realizar a quebra de sigilo. A ligação entre os dois foi tamanha, que a psicóloga fez questão de convidar o orçamentista para entrar com uma bíblia em seu casamento.
“O meu anjo salvador me doou um pouquinho da sua medula no dia 17 de setembro de 2019. Desde então, eu tive uma segunda chanche na minha vida. O Wellington representa a resposta das minhas mais profundas orações”, diz Idelâne.

Como ser doador de medula óssea:
O cadastro para se doador de medula óssea pode ser realizado no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi). Os principais requisitos são:
– Ter entre 18 e 35 anos de idade (O doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até esta idade).
– Um documento de identificação oficial com foto.
– Estar em bom estado geral de saúde.
– Não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea. (Confira aqui)
O procedimento após o cadastro é simples, sendo coletado apenas uma amostra de 5ml de sangue para testes de compatibilidade. Se compatível com algum receptor, o doador será contatado e passará por outros exames complementares até a efetivação da doação.