
Jonas Carvalho
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A Câmara Municipal de Teresina aprovou, nesta terça-feira (26), o crédito suplementar no valor de R$ 147 milhões para a Fundação Municipal de Saúde (FMS). Embora tenha sido aprovada por unanimidade, a mensagem n° 26/2023 recebeu críticas da oposição, que questionou a necessidade do remanejamento financeiro nas contas do Município.
Em resposta, o líder da Prefeitura na Câmara, vereador Antônio José Lira (Republicanos), explicou que a solicitação atende às demandas da Saúde e que o montante foi gerado a partir do remanejamento de outras pastas da gestão.
“Não prejudica outras áreas. Você pega um pouco de cada área e gera um valor maior, que atende às demandas da Fundação Municipal de Saúde. Eu sempre frisei que não é empréstimo. É uma suplementação dentro do orçamento de 2023”, enfatizou.
Orçamento fatiado
Dentre o total de recursos remanejados, a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb) perdeu R$ 30,927 milhões – equivalente a 20% do valor. O dinheiro seria destinado para execução de serviços de asfaltamento e iluminação pública.
O arranjo na folha orçamentária do Município também contemplou a Secretaria Municipal de Educação (Semec), com R$ 1,3 milhão que seria destinado à reforma e construção de escolas; a Superintendência de Ação Administrativas Descentralizadas (Saad) Rural, com R$ 100 mil destinado ao abastecimento de água; e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEMDUH), com R$ 3,4 milhões que serão destinados para a construção de casas.
O vereador Antônio José Lira reiterou que, caso haja nova necessidade, o Palácio da Cidade poderá encaminhar outro pedido de remanejamento à Câmara Municipal.
“Um colega falou que só falta vir outro [pedido de suplementação]. Mas pode vir outro, sim. A saúde tem pressa. O dinheiro que for gasto na saúde ainda é pouco. Esse projeto é por Teresina e pela saúde de Teresina”, garantiu.
Voto de confiança
O vereador da oposição, Aluísio Sampaio (Progressistas), criticou o projeto da Prefeitura de Teresina, afirmando que as áreas que sofreram perdas podem ter os serviços comprometidos.
“Esses remanejamentos deveriam sair de outros locais e não de locais, como a Saad Rural, que tem um papel fundamental, por exemplo, no abastecimento de água e que estão cada vez mais escassos esses recursos. Deveriam tirar da comunicação, porque não tem o que se fazer de propaganda desse governo”, disparou o parlamentar.
Gestão da saúde
O presidente da Câmara, vereador Enzo Samuel (PDT), explicou o voto favorável dos parlamentares à matéria, porém, não escondeu críticas à atual gestão.
“Hoje essa votação favorável foi sinalizando para a população de Teresina que nós queremos resolver esse problema. Agora, é preciso ter gestão. Na verdade, todas as áreas já estão prejudicadas. Teresina já passou por crise no lixo, no transporte, na saúde. A responsabilidade dessa Casa foi com o povo de Teresina, que sofre com uma saúde deficiente”, declarou.
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