
A cinebiografia da cantora Gal Costa ““Meu Nome É Gal” estreou nos cinemas na última quinta-feira (12). A atriz Sophie Charlotte, interprete de Gal, surpreendeu o público com sua atuação, cantando com timbre e sotaque bem mais próximos aos da artista.
Em vida, a própria cantora havia endossado o nome de Sophie como sua intérprete, por reconhecer na atriz a timidez e uma certa melancolia, que marcaram sua juventude.
Ambientado entre o fim dos anos 60 e começo da década seguinte (1966 a 1971), o longa é centrado no movimento interno de Gal, Maria da Graça Costa Penna Burgos, nos primeiros anos da carreira: desde a viagem da Bahia ao Rio de Janeiro aos 20 anos, da menina encabulada sob a barra da saia da mãe à figura lendária, que se tornou símbolo da liberdade pregada pela Tropicália.
Sophie contou, que o que se vê, nas telonas, é resultado de um estudo profundo sobre a discografia, a respiração e os trejeitos de Gal.
“Tinha muito medo da caricatura, porque eu respeito muito ela. E, como fizemos esse filme pensando que ela assistiria no cinema, tinha essa questão para mim”, diz.
A artista chegou a acompanhar a maior parte do processo de produção do filme antes de morrer, em novembro de 2022. Encontrou-se com Sophie algumas vezes antes das filmagens.
“Não fiz desses encontros entrevistas, e nem ela fez deles uma necessidade. Ela deixou todos nós muito livres durante o processo.”, disse Charlotte.
Além de Sophie Charlotte no papel da protagonista, Meu Nome é Gal ainda conta com Rodrigo Lelis como Caetano Veloso, Dan Ferreira como Gilberto Gil, Camila Márdila como Dedé Gadelha, Caroline Andrade como Rita Lee e Dandara Ferreira , que além de dirigir o longa, também interpreta a cantora Maria Bethânia. Lô Politi, também na direção, assina o roteiro com Maíra Bühler e Mirna Nogueira.