8 de junho de 2025

Empresário e vigilante são presos pelo assassinato de morador de rua em Teresina

Malu Barreto

Publicado em 07/11/2023 20:56

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Foto: Francine Dutra/ClubeNews

O empresário e fisioterapeuta, Hitalo Vinicius Nogueira de Almeida, e o vigilante de empresa privada, Sandro de Lima Freitas, foram presos preventivamente, nesta terça-feira (7), suspeitos de assassinar o morador de rua, Francisco Eudes, conhecido como “Cabeludo”, em 24 de abril de 2022, na praça João Luís Ferreira, no Centro de Teresina.

Em agosto deste ano, o médico ortopedista, Albert Basílio Mendes, foi preso por engano pelo crime, que está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

Segundo o delegado Jorge Terceiro, os suspeitos presos possuem vínculo, pois Sandro tem um relacionamento com a mãe do Hitalo. Eles confessaram o crime e deram sua versão dos fatos.

“Na versão deles, os moradores de rua teriam partido para cima deles, e eles se defenderam. Um deles, mais especificamente, teria sacado a arma e reagido a uma agressão dos moradores. Entretanto, a nosso ver, essa versão não se sustenta nos demais elementos, nem das testemunhas, nem das próprias filmagens do crime sendo praticado”.

COMO O CRIME ACONTECEU

Praça João Luís Ferreira em Teresina. (Foto: Street View/Google Maps)

Segundo a investigação, os presos estavam em uma festa no Centro da cidade, e deixaram o veículo estacionado, na parte de fora do local. Ao saírem do evento, constataram que um dos vidros do carro, uma Evoque da Land Rover, estava quebrado.

Eles saíram à procura do autor da quebra do vidro, sem saber quem era o autor, e foram até a praça de João Luís Ferreira, onde primeiro abordaram os moradores, mas não conseguiram descobrir de imediato. Eles continuaram buscando e pararam o veículo do outro lado da praça e foram andando até onde os moradores de rua estavam, e desta vez, já foram diretamente para a vítima.

“A vítima foi agredida com tapas, chutes e os disparos de arma de fogo que ceifaram sua vida”, explicou o delegado Jorge Terceiro, responsável pela investigação.

 

PRESO POR ENGANO

Sobre a prisão por engano do médico ortopedista, o delegado Jorge Terceiro, explicou que no transcorrer do procedimento de investigação que iniciou no ano passado, diversas testemunhas foram ouvidas e algumas testemunhas, em reconhecimentos fotográficos, acabaram apontando o médico.

“As testemunhas sabem relatar a ocorrência criminosa, de forma genérica, e bate com as filmagens que nós temos do local que captaram a ação criminosa. Mas, no momento do reconhecimento de quem seria o autor, em um reconhecimento fotográfico, acabaram apontando a pessoa que não se encontrava no local. Felizmente, com o transcorrer da investigação, e com o uso de todas as técnicas investigativas mais modernas que a Polícia Civil tem, conseguimos chegar à conclusão de que a pessoa apontada não se encontrava no local. E não só isso, além de retirar um inocente da cena do crime, chegamos aos verdadeiros autores”.

 

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