Jovens pretos, pardos e periféricos, com idade entre 18 e 29 anos, são as principais vítimas de intervenção do estado no Piauí. É o que mostra o relatório “Pele Alvo: a bala não erra o negro”, da Rede de Observatórios da Segurança.

Esse grupo representa 58,97% das vítimas, ficando atrás apenas das pessoas com idade entre 30 e 49 anos, que totalizam 30,77%. Segundo os dados, cerca de 88,24% das pessoas mortas nessas intervenções são afrodescendentes. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira (16).

O levantamento, que utiliza dados das Secretarias de Segurança de nove estados brasileiros, também revela que a proporção de pessoas negras representa 79,25% da população no estado.

Entre os 224 municípios do Piauí, Teresina foi a cidade com o maior número de mortes decorrentes de intervenção do estado por cor ou raça. Segundo o relatório, “A violência localizada é explicada pela concentração da população na capital e, consequentemente, pela centralização da atividade policial nesse espaço”.

No total, foram registradas 22 vítimas na capital. Confira:

• Geminiano (5 mortes)
• Floriano (2 mortes)
• Luís Correia (2 mortes)
• Parnaíba (2 mortes)
• Barras (1 morte)