O dia 25 de novembro é marcado pela celebração do “Dia Nacional do Doador de Sangue”. O cirurgião-dentista João Pereira dos Santos Júnior, 32 anos; e o estudante de jornalismo, de 21 anos, Felipe Adriam, estão entre o 1,4% dos brasileiros que doam sangue regularmente.
Ao Portal ClubeNews, o dentista relatou que doa há cerca de cinco anos, depois que percebeu a reincidência de campanhas do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí, para preencher estoques de bancos de sangue.
“Há aproximadamente cinco anos comecei a fazer a doação de sangue. O motivo foi a questão da empatia, de perceber as inúmeras propagandas que haviam do HEMOPI. Comecei a perceber que poderia fazer algo que poderia mudar muito a vida das pessoas.”, inicia.
João discorre ainda que venceu o medo de agulhas para fazer algo que, para ele, era de extrema significância para a sociedade.
“Tive receio porque eu já tinha visto imagens. O tamanho da agulha me dava um certo receio, um certo medo, porém pela questão de fazer o bem e daquilo ser tão significante para a sociedade, enfrentei o medo e comecei a fazer a doação”, fala.
Já o jovem de 21 anos, Felipe Adriam conta que o exemplo veio de casa, já que, desde a infância, vê seus pais fazendo doações.
“Eu comecei a doar em 2020, isso porque, anos atrás, os meus pais já tinham uma tendência de doação e eu acompanhei isso desde criança, e pude ver que eles faziam isso com frequência”, diz.
Para Felipe, poder promover essa ação é um ato de realização, visto que está “compartilhando algo benéfico” para saúde de outras pessoas.
“Eu me sinto realmente bem realizado em saber que posso compartilhar de algo benéfico na vida de outra pessoa e, claro, que realmente é algo benéfico para mim, justamente, porque eu me sinto realizado comigo mesmo e fazer a doação é poder ajudar outras pessoas que precisam.”, diz.
Segundo o cirurgião-dentista, o ato lhe causa uma sentimento de utilidade pública, pois ele tem a noção de que pode ajudar alguém com essa atitude.
“Eu percebo que eu sou útil para o mundo, que sou útil para uma outra pessoa e isso faz eu ter a noção de servidão para outras pessoas, me dá a sensação de utilidade, me dá a sensação de propósito de vida”, pondera.
Ao incentivar outros doadores, Felipe afirma que quem pode fazer não deve ter dúvidas no processo, pois é uma prática cujo resultado é “amor e carinho”.
“A doação de sangue é algo que quem pode (fazer) não deve ficar em dúvida, mas sim doar. Cada vez que doa, é um pedaço nosso que volta em amor, em carinho”, expressa.
João também comenta que “a doação de sangue é uma ato extremamente importante, altruísta, solidário, que pode salvar, sobretudo, vidas” e faz questão de convidar novos doares nessa caminhada de solidariedade.
“Convido a todos da sociedade, lógico, que se encontrem capazes de fazer a doação a se sentirem e a terem a mesma sensação que eu tenho, de utilidade, se sentir útil para a humanidade, através da doação de sangue”, pede.
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí, o Hemopi está enfrentando uma baixa de estoque do tipo sanguíneo RH negativo. De acordo com a assessoria do órgão, “o banco do estoque do sangue tipo RH negativo está precisando de reforço”.
Saiba como doar
- Procure um hemocentro e seja um doador
Requisitos básicos para doar
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 16 e 69 anos no mínimo 50 kg;
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas na últimas 24h);
- Estar alimentado (evitar alimentação; gordurosa nas 4h que antecedem a doação
- Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial e válido em todo território nacional
Quem não pode doar
- Pessoas diagnosticadas com hepatite após os 11 anos de idade;
- Mulheres grávidas ou que estejam amamentando;
- Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como: AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas
Intervalo de doação
- Homens – 2 meses (máximo 4 doações no período de 1 ano)
- Mulheres – 3 meses (máximo de 3 doações no período de 1 ano)
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