A Superintendência das Ações Administrativas Descentralizadas (SAAD) Centro planeja criar cerca de 240 vagas de estacionamento na região do Centro de Teresina, cujo fluxo intenso de veículos deve aumentar com a chegada das festas de Fim de Ano.

Em entrevista à TV Clube, o superintendente Roncalli Filho detalhou o planejamento previsto na obra de revitalização da região central da cidade, que inclui reformas em ruas e pontos comerciais.

“Conseguimos aumentar 90 vagas nas ruas Coelho Rodrigues e Simplício Mendes. Todas têm 5 metros de comprimento e 2,5 metros de altura. Temos ainda um projeto para ampliar e revitalizar o Troca-Troca, que terá um estacionamento próprio e compartilhado com o Shopping da Cidade”, elencou.

Além das ruas e do Troca-Troca, a SAAD Centro deu início às obras na Praça Da Costa e Silva, que será contemplada com 62 locais, e na Avenida Maranhão, a qual deve receber 70.

Soluções alternativas

A falta de vagas de estacionamento nas vias públicas do Centro é uma das principais reclamações dos motoristas de Teresina. Segundo levantamento realizado no ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 200 mil carros e motocicletas circulam pela capital.

Preocupados com a situação, os lojistas da região apontaram, em sucessivas reuniões com a Prefeitura Municipal, algumas soluções que consideram viáveis para resolver o problema.

“Sugerimos um estacionamento rotativo: ao invés de chegar às 7h e ficar até às 17h no mesmo lugar, teríamos rotatividade para os clientes e geraríamos emprego, renda e tributos para o poder público”, destacou o vice-presidente do Sindicato dos Lojistas do Piauí (Sindilojas), Leonardo Viana, à TV Clube.

Essa proposta já foi discutida pela Câmara dos Vereadores em 2018, quando a gestão municipal enviou aos parlamentares um projeto de lei que instituía o sistema rotativo, com vagas em lugares estratégicos nas vias do Centro.

“Outra ideia é reduzir o IPTU [Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana] para os imóveis que hoje funcionam como estacionamentos. Não cobram caro porque querem, mas porque os tributos continuam caros”, ressaltou Viana.