7 de julho de 2025

TRE-PI absolve prefeito e vice de Barras acusados de compra de votos

Redação

Publicado em 28/11/2023 15:03

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O prefeito de Barras, Edilson Sérvulo de Sousa (conhecido como “Capote”) – Foto: arquivo pessoal

O plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) absolveu o prefeito e o vice-prefeito da cidade de Barras (PI) das acusações sobre a compra de votos nas eleições de 2020. A nova decisão aconteceu na segunda-feira (27) e também beneficiou os vereadores que respondiam ao processo eleitoral.

O prefeito de Barras, Edilson Sérvulo de Sousa (conhecido como “Capote”), a vice-prefeita, Cynara Cristina Lages Veras, tiveram os seus mandatos cassados pela Justiça Eleitoral do Piauí em junho de 2023. 

Os vereadores também cassados anteriormente e agora absolvidos foram: Roberto Rene Lages Veras, Jovelina Furtado Castro, Antônio Leite Neto, Irlândio Sales dos Santos e José do Nascimento Cavalcante

Nesta terça-feira (28), após decisão em plenário ontem (27), vai ocorrer a leitura da ata em sessão, a partir das 14h, para posterior divulgação da sentença oficial no site do TRE-PI.

Devido à cassação, o prefeito e o vice – incluindo os vereadores – ficaram inelegíveis pelo prazo de oito anos. Na época, também ficou estabelecido a multa de R$ 53.205,00 a cada um.

A cassação partiu da decisão do juiz da 6ª Zona Eleitoral do Piauí, Jorge Cley Martins Vieira, que julgou procedentes os pedidos do Ministério Público em ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) e em ação de impugnação de mandato eletivo (AIME), que apontam abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições de 2020.

SOBRE A INVESTIGAÇÃO

Edilson Sérvulo de Sousa respondia ao processo devido à suspeita de promoções de eventos festivos de grandes proporções, distribuição de dinheiro, combustíveis, alimentos, remédios e material de construção em troca de votos e o transporte ilícito de eleitores.

De acordo com o Ministério Público Eleitoral, o então candidato a prefeito contava com o apoio de pessoas próximas, incluindo familiares nas negociações. Já alguns candidatos ao cargo de vereador, apoiadores do prefeito, atualmente eleitos ou suplentes, se serviam do dinheiro repassado para trabalhar pelo voto casado.

“O processo eleitoral no município de Barras foi maculado, irreversivelmente, pela utilização imprópria de recursos não contabilizados legalmente e pelo amplíssimo alcance das ilicitudes perpetradas por todos os envolvidos”, argumenta o promotor Silas Sereno Lopes.

 

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