Após um mês da morte da dona de casa, Kamila Carvalho Nascimento, o Núcleo de Feminicídio de Teresina realizou, na terça-feira (28), a reprodução simulada do falecimento da jovem.
Para a delegada do caso, Nathália Figueiredo, é necessário esclarecer as versões apresentadas: se a vítima tirou a própria vida ou se foi assassinada.
Se for comprovado o homicídio, o principal suspeito é o marido da vítima, que está preso em decorrência de um mandado de prisão preventiva.
“O Eliésio Marinho [suspeito de praticar o crime] esteve presente na reconstituição justamente porque foi baseada nas versões dele; então, é uma prova técnica de suma importância. Tem que esperar o resultado dessa perícia”, informou a delegada.
Em depoimento à polícia, ele contou que a esposa colocou a arma na cabeça e realizou o disparo; no entanto, o laudo cadavérico apontou que o tiro foi à longa distância. Outra inconsistência encontrada foi a inexistência de pólvora nas mãos da vítima.
“Ao lado do corpo da vítima foi encontrada a arma de fogo com o gatilho travado; então, estão existindo várias versões de o porquê disso. Cada prova técnica é importante. Não se pode fechar um inquérito sem ter um laudo de local de crime. A reprodução simulada também vai nos dar mais um elemento para que ao final a gente chegue a uma conclusão”, explicou a delegada Nathália Figueiredo.
Entenda o caso
Kamila Carvalho do Nascimento, de 22 anos, foi encontrada morta, na madrugada do dia 20 de outubro, com um tiro na cabeça na residência que morava com o marido e a filha de 2 anos, no bairro Nova Brasília, na zona Norte de Teresina.
O marido da vítima, o empresário Eliésio Marinho, foi preso, no dia 23 de outubro, enquanto prestava depoimento sobre a morte da esposa após sua fala apresentar inconsistência em relação à dinâmica do crime. O suspeito permanece preso de forma cautelar até o fechamento do inquérito.
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