Quase 30% dos jovens piauienses entre 15 e 29 anos não trabalham, nem estudam, revelaram os dados da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento realizado em 2022 apontou que o índice do Piauí é o 11º maior do Brasil, 5,5 pontos percentuais acima da média nacional: 27,8% contra 22,3%, respectivamente.
Segundo o IBGE, os adolescentes entre 15 e 17 anos apresentam a menor taxa de “nem-nem”, com apenas 6,2%. Por outro lado, os grupos entre 18 e 24 anos e 25 e 29 anos registraram índices acima da média geral, com 33,6% e 31,5%.
“Isso se deve aos jovens [da faixa etária de 15 a 17] ainda estarem, em sua grande maioria, finalizando a educação básica, sem priorizar a atividade laboral”, explicou o órgão.
Ainda conforme a pesquisa, o número de piauienses que não estudam, nem trabalham guarda uma “certa relação inversamente proporcional” com o nível da atividade econômica do país.
“No período de 2012 a 2014, quando a economia brasileira apresentou crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), os indicadores dos jovens ‘nem-nem’ foram os menores da série histórica, por volta de 24% ao ano”, afirmou o IBGE.
Em 2020, porém, com o surgimento da pandemia da Covid-19, o PIB despencou e repercutiu fortemente no percentual, que atingiu seu maior nível: 34%.
Os dois anos seguintes viram a retomada do crescimento do PIB e a queda das taxas de ‘nem-nem’: 27,4% em 2021 e 27,8% em 2022.
