O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), o médico Ítalo Costa, afirmou que a reorganização financeira e a revisão dos contratos da FMS serão prioridades na nova gestão. Ítalo Costa tomou posse, nesta quarta-feira (10), em substituição ao procurador do Município, Ari Ricardo da Rocha.
Ítalo Costa estava à frente do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e tem como principais desafios sanar a crise na Saúde da capital, que enfrenta a falta de insumos básicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e problemas de infraestrutura nos hospitais municipais.
“É mais prioritária uma reorganização, reestruturação e planejamento financeiro para que a gente possa equilibrar, em uma equação simples, o que é receita e o que são despesas. A gente precisa aumentar as receitas da Fundação, mas, ao mesmo tempo, a gente precisa controlar as despesas. Isso vai gerar um impacto positivo, que é melhorando os serviços de saúde e o atendimento regular dos hospitais”, garantiu.
Redução
A reorganização financeira proposta por Ítalo Costa perpassa pela redução de gastos. Segundo o gestor, a intenção é evitar desperdícios e garantir eficiência da máquina pública. Com isso, há a possibilidade de demissão de servidores.
“Vamos fazer uma revisão dos contratos e entender os que estão estabelecidos, vendo possibilidades de readequação. Outro ponto é ver o que a gente pode conseguir de eficiência operacional no tocante aos recursos humanos e colaboradores da FMS”, disse.
Orçamento
Os recursos disponíveis para a manutenção da Saúde em Teresina, segundo Ítalo Costa, receberam incremento do Tesouro Municipal, o que garante o funcionamento do serviço e capacidade de investimento no setor.
“O fato concreto é que o orçamento para a Saúde já começa com incremento significativo por parte do Tesouro Municipal. Então, a gente já tem um orçamento um pouco maior, que vai nos ajudar a essa balança na Fundação”, afirmou.
Crise na Saúde
Dois equipamentos de radiografia e um de ultrassom foram removidos do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), no dia 27 de dezembro de 2023, devido ao atraso de 18 meses nos repasses à empresa responsável pela locação dos aparelhos, responsável pelo aluguel de 38 equipamentos para Fundação Municipal de Saúde (FMS).
A situação motivou a convocação extraordinária de vereadores para uma sessão na Câmara de Teresina, no dia 2 de janeiro. Os vereadores receberam denúncias da suspensão no atendimento em diversas áreas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) devido aos problemas nos equipamentos e a ausência de medicamentos e insumos básicos.
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