
Uma jaguatirica confundida como gato e criada por uma família durante um ano, na zona Rural de José de Freitas, foi recolhida nesta sexta-feira (12), pelo Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) da Polícia Militar do Piauí.
De acordo com a BPA, o animal foi encontrado sozinho pelo dono da propriedade, ainda em seus primeiros anos de vida, em uma área que estava sendo atingida por uma queimada e foi levado para casa.
“O senhor José Luiz da Silva salvou o felino e o levou para a sua casa, pensando em se tratar de um gato. Ele foi cuidado e, à medida que ia crescendo, a família percebeu que ele era um animal silvestre. A jaguatirica está saudável, foi bem cuidada e foi encaminhada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres, no Bioparque Zoobotânico, sede do BPA”, contou a soldado Byanca Meneses.
A soldado disse ainda que o felino está em boa saúde, bem tratado, alimentado e agora a equipe fará a sua readaptação ao meio ambiente.
“Como ele se encontrava em ambiente doméstico, convivendo com as pessoas e precisamos fazer esse estudo, se ele tem condições de voltar para a natureza. Eles acharam que era um gato e quando o animal foi crescendo, eles perceberam que se tratava de um animal silvestre, uma jaguatirica. Quando chegamos, a moradora pegou no colo, é um animal dócil”, disse.
Pelo chamado estado de mansidão, o felino será acompanhado e estudado por veterinários, para saber se tem condições de retornar para seu habitat natural. José Luiz da Silva, dono da propriedade, disse que quando o animal cresceu e viram que era uma jaguatirica, decidiram ligar para a polícia ambiental para fazer a entrega corretamente.
Apesar da proximidade com o animal, a família disse que nem colocou nome nela para não se apegar.
“Eu estava fazendo uma pequena roça e aí a gente encontrou ele lá no meio. Ele era tão novinho que estava com os olhos fechados. Trouxe ele para casa, comprei leite, fui dando na boquinha dele e ele foi crescendo. E aí depois de um ano e pouco, a gente procurou a polícia ambiental e estamos fazendo a entrega dele. Pensei em até soltar numa mata, mas assim é melhor, pessoal que tem mais experiência”, completou.
A entrega de animais silvestres voluntária, independentemente do motivo, não implica ocorrências judiciais ou criminais.