
O novo diretor do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), o médico-cirurgião Élio Rodrigues, reconheceu as dificuldades de abastecimento de insumos na unidade de saúde e as longas filas para a realização de cirurgias. Rodrigues assume o lugar do médico Ítalo Costa, nomeado para a Fundação Municipal de Saúde (FMS).
A crise na prestação de serviços no maior hospital de urgência do Piauí, segundo Rodrigues, pode ser resolvida com a regularização dos repasses provenientes do Município. Em entrevista à rádio Clube News, nesta sexta-feira (12), o diretor elencou as prioridades da gestão à frente do HUT.
“O Dr. Ítalo vai receber aporte de recursos este ano. Nós acreditamos que nos próximos meses vamos estar com a situação mais equilibrada. Então, existe isso. Houve momentos em que, determinados setores, UTI [Unidade de Terapia Intensiva], sala verde, sala de trauma, ficaram sem climatização”, disse.
Problemas estruturais
A deficiência no sistema de refrigeração do prédio onde funciona o hospital, no bairro Redenção, zona Sul de Teresina, pode ser resolvida com o pagamento dos prestadores de serviço, segundo informou Élio Rodrigues. Sem o sistema funcionando de forma integral, serviços básicos podem ficar comprometidos.
“Mesmo sem ar-condicionado, nós ficávamos no repouso e levávamos os nossos ventiladores. Isso nós estamos corrigindo e só vai ser possível com o equilíbrio das contas. Se a gente for pagando alguns fornecedores, a gente vai conseguir o abastecimento, a manutenção. A sala, que tinha problema com ar-condicionado, já foi resolvida hoje”, garantiu.
Insumos
Élio Rodrigues também pontuou a falta de itens básicos no hospital para o atendimento da população, como material cirúrgico e medicamentos. A situação provoca o aumento de pacientes nas filas de espera.
Quanto a isso, o novo diretor explicou que os procedimentos cirúrgicos são realizados conforme a gravidade dos casos e do tempo de internação.
“A gente vai vendo os pontos com maiores dificuldades, maior desabastecimento; trabalhando e adquirindo insumos para que o hospital não pare. Isso até equilibrar, e a gente ter um controle melhor dessa situação. Com relação aos pacientes que estão na espera por uma cirurgia e estão internados no hospital, nós vamos dar prioridade conforme o tempo de internação e gravidade. Existem critérios para você iniciar o atendimento desses pacientes”, concluiu.
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