
A campanha Janeiro Lilás ganha destaque, nesta segunda-feira (29), quando se comemora o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Ao longo do mês, ativistas realizaram diversas pautas que reforçaram o combate à transfobia.
A presidente do Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis (GPTRANS), Maria Laura dos Reis, explica sobre a importância da data e o significado do reconhecimento das lutas.
“Essa data é uma referência, devido, há 20 anos, quando foi executada a primeira campanha voltada especificamente para a Cidadania de Travestis e Transsexuais, através do Ministério da Saúde, em 29 de janeiro de 2004, em Brasília (DF). Foi um marco na história do movimento contra a transfobia”, conta.
Por causa dessa data, a presidente do GPTRANS reforça que as pautas da comunidade Trans precisam estar alinhadas ao Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.
“É de grande produtividade e relevância estarmos cada vez mais alinhadas com nossas pautas junto ao poder público, trabalhando em parceria com estes órgãos, para que a gente possa de alguma forma amenizar mais o preconceito e a discriminação”, diz.
Brasília
No domingo (28), aconteceu a 1ª Marsha Nacional pela Visibilidade Trans, organizada pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e pelo Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat). O ato aconteceu em frente ao Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios.
Nesta segunda (29), acontece mais um ato no Congresso Nacional, a partir das 10h. Às 17h, será a entrega do troféu “Fernanda Benvenutty”, no auditório do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania. No mesmo local, às 18h, acontecerá o lançamento da 7ª edição do Dossiê Antra.
Teresina
Na segunda(29), em Teresina, vai ser realizado o Seminário Estadual da Visibilidade Trans, em parceria do GPTRANS com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e a Secretaria de Estado da Agência Social, Trabalho e Direitos Humanos, às 8h, no auditório da Secretaria de Estado para Inclusão das Pessoas com Deficiência (Seid).
Segundo a diretora de Defesa Social da SSP, Brenda Carvalho, o evento busca promover reflexões sobre a cidadania das pessoas travestis e transexuais, destacando a importância do combater a transfobia.
“Apesar de termos alcançado algumas vitórias nos últimos anos, é importante destacar que a população trans e travesti continua a enfrentar, diariamente, desafios significativos. Ainda lidamos com níveis alarmantes de violência, discriminação e riscos constantes à violação de seus direitos. Essa realidade ressalta a necessidade contínua de ações e políticas que promovam um ambiente mais seguro e inclusivo para essa comunidade”, afirmou.