
Os impactos do período carnavalesco na saúde mental das pessoas dependem do momento vivenciado por elas, quando chegam as festividades. Há quem aproveita cada dia da folia entre festas e bebidas, mas também quem prefira um lugar sossegado para descansar dos dias de trabalho.
O psiquiatra Vicente Gomes comenta que a “pausa no Carnaval” é necessária aos dias corridos do cotidiano, carregado de obrigações e deveres, em especial do trabalho, para recarregar as energias. A pausa para curtir o período do Carnaval pode gerar repouso e controle da ansiedade; além de favorecer a socialização e a interação entre as pessoas.
Apesar de propiciar relaxamento e diversão, seja para quem quer a calmaria de uma serra ou a multidão festiva, é preciso ter cuidado com os excessos, diz o especialista. Sobre os excessos, Vicente Gomes ressalta o consumo de bebidas alcoólicas.
“Têm pessoas que possuem uma relação ‘problemática’ com o álcool. Então, para as pessoas que passam por uma crise de ansiedade, a gente sabe que o álcool pode pré-dispor um ataque de pânico. Tem que ter muito cuidado. Uma pessoa que não está dormindo tão bem, o álcool prejudica o aprofundamento do sono”, esclarece.
Ainda sobre a ingestão de álcool, o psiquiatra alerta que o consumo excessivo pode ocasionar problemas a terceiros. Por exemplo, um simples esbarrão na multidão pode gerar uma briga com agressão.
E QUEM NÃO GOSTA DE CARNAVAL?
Vicente Gomes destaca que as pessoas que não gostam da folia de Carnaval precisam manter o equilíbrio emocional, já que, popularmente, o Brasil é conhecido pelas festas espalhadas por todas as regiões do país.
“As pessoas que não gostam precisam manter o seu bem-estar independentemente da situação e das pessoas que estão ao seu redor. Elas precisam ter equilíbrio e ter respeito mútuo entre as pessoas”.
O psiquiatra sugere às pessoas que não gostam de participar das festas, que aproveitem o momento trabalhando a espiritualidade, fazendo atividades com a família, realizando uma leitura, assistindo filmes ou seriados, algo que favoreça a produtividade, o rendimento e ao autoconhecimento.
O tema foi assunto do quadro “O que eu faço, Doutor”, que vai ao ar todas as segundas-feiras no Bom Dia Piauí.