"Não vivo mais, eu sobrevivo", diz mãe de Lucas Vinicius após quase dois anos do desaparecimento

A conclusão do inquérito policial relatou insuficiência de elementos. O caso foi encaminhado para o Ministério Público

Lucas Vinicius (Foto: reprodução/ redes sociais)

O desaparecimento do estudante de Direito Lucas Vinicius está próximo de completar dois anos, ainda sem informações do paradeiro o rapaz. A mãe do jovem, Ana Lúcia, afirma que não consegue mais trabalhar nem dormir devido ao desaparecimento do filho.

“Nesses dois anos eu não tenho vida própria mais. Eu não vivo mais, eu sobrevivo. Porque eu não consigo mais, até agora eu não voltei a trabalhar, eu não consigo dormir. Nunca na minha vida passei num psicólogo, agora eu faço acompanhamento”, conta. 

Mãe de Lucas Vinícius cobra respostas de investigação. (Foto: montagem ClubeNews/ arquivo pessoal)

A mãe acredita que uma ossada encontrada uma semana depois do desaparecimento de Lucas Vinicius seja do filho. Ana Lúcia pede que as investigações sejam retomadas.

“O carro do Lucas não foi feito perícia. O excelentíssimo juiz arquiva, em um ano, um inquérito sem laudos de nada. Existe um corpo carbonizado, que com sete dias apareceu no assentamento do Batata, a 30 km de Teresina. E esse corpo tem uma deformidade óssea no lado esquerdo das costas. Eu tenho laudo que o meu filho possuía essa deformidade”, frisa.

Conforme exames do Instituto Médico Legal, o corpo encontrado carbonizado não se trata de Lucas. Desta forma, após um ano de buscas e investigações, o caso foi encaminhado ao Ministério Público, segundo o delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

“Foi instaurado o inquérito policial conduzido pela delegada Fernanda Novais, que estava à frente da delegacia de Desaparecidos do DHPP. A delegada usou os meios de investigação necessário para acolher provas, mas a conclusão relatou por insuficiência de elementos e encaminhou para o Ministério Público (MP). Portanto, o caso se encontra sobre o crivo do MP para poder avaliar e determinar nominalmente alguma diligência que por acaso ele ache necessário”, explica o delegado.

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