
Rayfran Junior
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O deputado federal Chiquinho Brazão, preso suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco, afirmou que tinha “ótima relação” com a vereadora, durante a audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, realizada nesta terça-feira (26).
“A gente tinha um ótimo relacionamento, só tivemos uma vez um debate, onde ela defendia a área de especial interesse, que eu também defendia. Marielle estava do meu lado na mesma luta”, disse o parlamentar, que está preso em Brasília.
Na reunião, ocorrida por videoconferência, Brazão buscou defender sua posição e pediu para que os deputados revessem a decisão da sua prisão. A prisão preventiva do suspeito, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda precisa ser deliberada pela Câmara.
Para que o parlamentar continue preso, é necessário que a maioria dos deputados vote a favor da decisão. Assim, os deputados Gilson Marques (Novo-SC) e Roberto Duarte (Republicanos-AC), pediram vista para a analisar se a prisão de Chiquinho Brazão foi ilegal ou legal, pois segundo eles, não tiveram tempo de avaliar o relatório da Polícia Federal.
Com isso, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que todos os dados do inquérito serão disponibilizados para todos os parlamentares e líderes da casa, para analisarem e votem com firmeza sobre a prisão de Chiquinho Brazão. O prazo para retomar a análise da CCJ é de duas sessões na Câmara dos deputados, que deve ocorrer após o feriado de Páscoa.