
Parte dos técnicos de enfermagem da rede particular de Teresina paralisaram as atividades, na manhã desta segunda-feira (1°). Os profissionais reivindicam o pagamento do piso salarial da categoria, de R$ 2.800, cortado pela metade a partir deste mês de abril.
Segundo o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi), valor foi pago até o mês de março. Os profissionais se reuniram em frente a um hospital particular de Teresina para protestar contra a redução.
O presidente do Senatepi, Erick Ricelly, explicou que a mudança tem a ver com um parecer do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o pagamento do piso de forma regionalizada, mediante negociação coletiva nas diferentes bases territoriais e nas respectivas datas-base.
“Nós tivemos cinco estados que fizeram o acordo. Cada um deu a execução ao pagamento do piso de uma maneira diferente, mas nenhum reduziu o valor. O Piauí não só tirou metade do salário dos trabalhadores, como tirou sem aviso prévio em alguns locais. Alguns se matricularam em faculdades, estavam pagando escola para o filho e agora sequer eles têm dinheiro para se alimentar”, lamentou Ricelly.
O técnico de enfermagem, Yuder Sousa, disse que os profissionais não receberam um comunicado prévio em relação às reduções salariais, impactando na vida dos trabalhadores.
“Tem gente que tem plano de saúde do seu marido, da sua filha e que com R$ 1.481, com o plano de saúde, essa pessoa vai receber algo em torno de R$ 800. Agora, onde é que uma pessoa sobrevive com esse valor? O impacto ocasiona na programação mensal de quem mora de aluguel, quem tem uma casa para pagar, automóvel para se deslocar”, pontuou.
Os setores de urgência e emergência estão funcionando com 50% da capacidade. Para os serviços eletivos e demanda programada, apenas 30% está em operação. Nos demais setores, a paralisação é integral.
Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp e entre no nosso Canal.
Confira as últimas notícias: clique aqui!