A mãe e o padrasto da menina de três anos, que teve a morte encefálica confirmada na tarde desta segunda-feira (22), foram presos em Esperantina.  O casal M.K.N.DE O. e F.S.R foram presos temporariamente para as investigações do crime de homicídio qualificado pela tortura e em contexto de violência doméstica e familiar contra a menor A.K.G.N.

A criança deu entrada no Hospital Júlio Hartman, em Esperantina, em estado grave e com sinais de espancamento, no dia 15 de abril. O serviço de assistência social da unidade de saúde comunicou o Conselho Tutelar, o suposto crime de maus tratos, a partir daí, a Polícia Civil do Piauí (PC-PI) foi acionada e deu início ao inquérito policial.

De acordo com a Polícia Civil, no decorrer das investigações, verificou-se o possível enquadramento das condutas dos investigados ao crime de homicídio qualificado não somente pelo homicídio, como também pela tortura. O diretor de polícia do interior da PC-PI, Célio Benício, conta que a mãe, de início, tentou apagar a figura do padrasto, afirmando que não tinha companheiro.

“Perceberam-se incongruências, contradições nas oitivas. No início, a tentativa de ambas de tentar ocultar a figura do padrasto dessa criança. A mãe da criança insistentemente afirmava que não tinha companheiro, no que a investigação, após isso, demonstrou não ser verdade”, diz.

A criança foi transferida para o Hospital de Urgência de Teresina e na sexta-feira (19), o HUT abriu protocolo de morte encefálica, confirmado no início da tarde desta segunda-feira (22). Durante o mandado de busca domiciliar, foram apreendidos vários aparelhos celulares vinculados ao caso, que serão analisados.

Ainda conforme o diretor da PC-PI, novas informações a respeito do caso devem ser revelados após as análises. “Os aparelhos celulares foram apreendidos. Esses aparelhos celulares agora serem enviados pra estação de conteúdo no que a gente acredita que mais informações sobre essa situação pode vir à tona.”, diz.

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