O arroz é o cereal mais consumido pelos brasileiros, e o Rio Grande do Sul(RS) é o responsável por 70% da produção do alimento, em todo o país. Com as enchentes que atingem o estado, o acesso ao insumo pode ficar mais difícil, e o preço ficar mais alto.
O governo federal garantiu que apesar das mudanças climáticas, não haverá desabastecimento de arroz, pois a colheita aconteceu antes das inundações, e os estoques devem suprir a necessidade do comércio interno, contudo, o argumento não convenceu especialistas, que preveem outro cenário para os brasileiros.
“ 70% da produção de arroz no Brasil está no Rio Grande do Sul, e isso vai interferir evidentemente no preço, porque tem um problema de logística de transporte, por conta da situação das estradas. Tem problema de queda na produção por conta das áreas que foram alagadas, e se essa questão do desabastecimento se intensificar, o país poderá inclusive importar alimentos de outras regiões, o que pode também impactar no preço do produto” afirmou o economista Sebastião Carlos.
Segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o arroz ficou mais caro nos últimos 12 meses, e teve uma alta acumulada de quase 30%. Além do arroz, é do Rio Grande do Sul que vem uma parte dos itens que compõem a cesta básica brasileira. Caso haja redução na oferta desses produtos, a tendência é que o preço deles dispare nas prateleiras.
“Por ser o estado do Rio Grande do Sul, um dos grandes produtores de soja, leite, proteína animal, trigo, o somatório desses produtos que impactam na nossa cesta básica, com essa catástrofe climática, redundará em uma menor oferta, e isso certamente levará à possibilidade de aumento de preços” frisou chefe-geral da Empraba, Anísio Ferreira.
A feirante Anísia Maria, mora em Teresina, e contou que está se preparando para essa possível alta.
“Eu já estou na expectativa que vai aumentar o preço do arroz, e é muito difícil porque todo arroz que vem para o Piauí, vem do Rio Grande do Sul” disse.
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