
O Ministério Público do Piauí (MPPI) aceitou a denúncia contra Marcos Fortes de Sousa por feminicídio contra a ex-mulher, Helioene de Andrade Pinheiro, feminicídio tentado contra a ex-sogra Maria do Desterro Mota Pinheiro, de 84 anos, a ex-cunhada, Joana de Andrade Pinheiro, de 57 anos e homicídio qualificado contra Flávio Henrique de Andrade Pereira, de 13 anos. Os crimes ocorreram no dia 03 de maio, em Altos.
Segundo a denúncia, Marcos não aceitava o fim do relacionamento e foi até a casa de sua ex-esposa com uma arma de fogo, punhal e uma garrafa contendo gasolina, com o objetivo de matar todos que estavam no local.
Ao chegar na casa, ele teria ido diretamente para o quarto onde estava Helioene e derramado gasolina sobre ela. Em seguida começou a esfaqueá-la, arrastando-a pelo chão e atirando contra o corpo da ex-mulher.
Relatos das outras vítimas presentes apontam que o acusado também espalhou gasolina pela casa, ateando fogo no lugar, com o intuito de consumar a morte de todos.
Em resposta às agressões, o filho da vítima, Flávio Henrique de Andrade Pereira, tentou segurar o denunciado e derrubá-lo para proteger a mãe. Mas as chamas avançaram e atingiram todos que estavam presentes, incluindo o denunciado.
Os laudos periciais apontam que Helioene teve morte imediata, em razão do corte profundo no pescoço, além de queimaduras no corpo. Flávio Henrique de Andrade Pereira teve 90% (noventa por cento) do corpo queimado, com queimaduras de segundo e terceiro graus e faleceu sete dias após o crime.
Maria do Desterro e Joana Andrade conseguiram sair da casa e foram socorridas por familiares e populares que chegaram no local. As vítimas estão internadas e tiveram, respectivamente, 45% e 30% dos corpos queimados.
O acusado também foi hospitalizado, em razão de ferimentos causados por ele mesmo, com um golpe de punhal na garganta, na tentativa de tirar a própria vida. Ele está sob a responsabilidade da polícia penal.
Diante do exposto, o Promotor de Justiça Mario Alexandre Costa Normando requereu a citação do denunciado, para que responda aos termos da denúncia e, provados os fatos, seja submetido à sessão plenária do júri. Além disso, o MPPI pede indenização por danos causados às vítimas.
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