A Campanha Maio Verde acende um alerta para uma doença crônica e silenciosa: o glaucoma, principal causa de cegueira irreversível no mundo. A estimativa é que mais de 2,5 milhões de pessoas tenham glaucoma no Brasil, é o que revela a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG).
Embora mais comum a partir dos 40 anos, o glaucoma pode surgir em qualquer idade, até mesmo em recém-nascidos. “É muito importante os pais estarem atentos à saúde ocular dos filhos, pois quando uma criança nasce com glaucoma ela tem propensão a se acostumar com a baixa visão recebida e não se queixar do problema”, informa o médico Dr. Fernando Ramalho, especialista em cirurgia refrativa no Oftalmos, de Santa Catarina.
Na maioria dos casos, o glaucoma surge devido ao aumento da pressão intraocular. ”Essa alteração lesiona o nervo óptico levando à perda da visão periférica, ou seja, as laterais do campo visual. É como se o paciente só conseguisse enxergar o que está à sua frente”, completa Ramalho.
De maneira geral, a doença se manifesta nos dois olhos, mas pode evoluir de forma diferente. É um processo lento que avança gradativamente durante anos, até o aparecimento dos primeiros sintomas. É por isso que o diagnóstico precoce é fundamental.
“O glaucoma não tem cura, mas tem tratamento. Um check-up ocular proporciona que esse paciente tenha menos complicações da doença, sendo que o tratamento é feito com indicações de colírios específicos, procedimentos a laser e cirurgias”, comenta Dr. Fernando.
Tipos de glaucoma
Existem 4 tipos de glaucoma conhecidos. Cada um exige um acompanhamento e tratamento diferente. “O primeiro é o glaucoma primário de ângulo aberto, caracterizado pela progressão lenta da doença. No segundo, o glaucoma de ângulo fechado é uma condição mais grave, já que ocorre uma situação anatômica, bloqueando o trabeculado, podendo levar à cegueira em pouco tempo. A terceira causa é o glaucoma secundário, sendo proveniente de outras doenças como diabetes e catarata. Por último, temos o glaucoma congênito, quando ocorre uma má-formação no trabeculado desde o útero materno, podendo ser observado no teste do olhinho”, finaliza Dr. Fernando Ramalho.
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Fonte: Ascom